||| Deus é Grande e Allahu Akbar
Não vejo assim grandes diferenças entre eles.
'Se debería aumentar el control de Internet. Las sobredosis de libertad son perjudiciales'
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Não vejo assim grandes diferenças entre eles.
'Se debería aumentar el control de Internet. Las sobredosis de libertad son perjudiciales'
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O Presidente é o da República.
O Presidente é, ou pelo menos deveria ser, o de todos os portugueses.
A cerimónia é pública e quer-se de cariz popular.
O dia é o de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, para o povo, o Dia da Raça para o Presidente.
A televisão é o canal público e presta, ou pelo menos deveria prestar, um serviço público de televisão.
Na hora do presidencial fanico desviam as câmaras e mostram uma paisagem de fardas e de botas da tropa.
Já chegámos à Coreia?
«At least five times this month, a Pakistani bureaucrat who works from a colonial-era barracks in Karachi, just down the street from the former home of his country’s secularist founder, Mohammed Ali Jinnah, asked Twitter to shield his compatriots from exposure to accounts, tweets or searches of the social network that he described as “blasphemous” or “unethical.”
All five of those requests were honored by the company, meaning that Twitter users in Pakistan can no longer see the content that so disturbed the bureaucrat, Abdul Batin of the Pakistan Telecommunications Authority: crude drawings of the Prophet Muhammad, photographs of burning Qurans, and messages from a handful of anti-Islam bloggers and an American porn star who now attends Duke University.»
«Twitter Agrees to Block ‘Blasphemous’ Tweets in Pakistan»
"Depois admirem-se", foi assim que terminei. Começo agora com "estão admirados?" porque, infelizmente, como escrevi na altura, confirmam-se os piores receios. Viva a União Europeia como espaço de censura e de repressão à liberdade de expressão!
«Decisão europeia provoca aumento de pedidos ao Google para remover links
Entre os casos está "um antigo político actualmente numa corrida eleitoral"»
Começa sempre tudo com a melhor das intenções. É para vosso bem, é para o bem comum [que ainda é mais importante do que o vosso bem], é para proteger, é para garantir a privacidade, é para garantir o bom-nome, é para garantir a garantia. E tal. Depois as boas intenções ficam lá no Inferno e descamba em perseguição e censura. Se com a ajuda de um tribunal tanto melhor. Se com a ajuda de um tribunal da Europa "das liberdades e garantias" então é que nem ginjas. Hoje é o primeiro dia da morte da internet como história viva e como precioso auxiliar de memória e o primeiro dia do resto da vida deles. Dos políticos do dito por não dito e dos empresários e patrões sem escrúpulos. Depois admirem-se.
«Tribunal europeu reconhece "direito ao esquecimento" na Internet
Adenda: Espero, sinceramente, não me ter enganado no Relatório e Contas. Resumo da Semana
«Se pensarmos em regular a imprensa, para desse modo corrigir as maneiras, temos de regular todas as recreações e passatempos, tudo o que é agradável ao homem. Não se deve ouvir música, não se devem compor nem cantar canções, mas só o que é sério e dórico. E quem silenciará todas as árias e madrigais que murmuram brandura nas câmaras? São precisas mais de vinte licenças para examinar todos os alaúdes, os violinos, as guitarras em todas as casas.»
John Milton, Areopagitica, 1644
[…]
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Porque a realidade é demasiado real para os padrões da redoma ocidental e porque as pessoas podem ficar incomodadas e porque quando as pessoas ficam incomodadas são um problema para os poderes instalados e para a paz e para a ordem pública. No cinema é outra loiça. Mesmo quando o cinema copia a realidade.
E eis senão quando, e como que por artes mágicas, o vídeo com o mui famoso e extremamente actual discurso proferido por Paulo Portas no debate "O Estado da Nação" na Assembleia da República em 15 de Julho do Ano da Graça de 2010, e que já havia sido apagado do sítio do CDS-PP, mas que continuava disponível na cache, sofreu a acção do apagador do diligente [re]historiador de serviço à memória centrista-popular. Depois do CDS ter nascido de geração espontânea, com o delete ao pai-fundador, Diogo Freitas do Amaral, em formato moldura a caminho do Largo do Rato, o CDS é finalmente um partido novo e puro como a água da nascente. O problema é que todos os dias o P[artido] P[ortas] faz discursos e diz coisas com piada.
Como o apagador ainda não chega a todo o lado, o discurso está disponível aqui. Muito obrigado.
[Na imagem "o doutor" [como o doutor Portas gosta] Salazar na "lavoura"]
No dia em que o Parlamento Europeu vota o relatório "Eliminar estereótipos de género na EU", elaborado pela Comissão dos Direitos da Mulher e apresentado pela eurodeputada holandesa Kartika Liotar:
"As democracias também estão a ceder ao canto da sereia da cibersegurança e, em nome da luta contra o crime na Web, aprovam leis potencialmente draconianas".
"A adopção deste tipo de leis por países tradicionalmente respeitadores dos direitos humanos, são o argumento para que líderes de países repressivos adoptem um arsenal legislativo contra as vozes críticas".
"Esta tendência está a transformar a internet num espaço cada vez mais controlado e num novo espaço de repressão da liberdade de informação e de opinião".
[Tradução minha]
O relatório da Repórteres sem Fronteiras em inglês e em francês.
Forjam-se uma série de incidentes com o objectivo de desbravar e alisar o caminho que leva à aceitação pela opinião pública de medidas tendentes a erradicar actuais e prevenir futuros acontecimentos similares. A história da humanidade está a rebentar pelas costuras com exemplos em todas as latitudes. Depois, atrás das coisas vêm coisas e outras coisas hão-de vir e é sempre a apertar o garrote. Também vem nos livros de História. Como diz o povo, "esta é mais velha que o cagar de cócoras".
[Na imagem poster chinês de propaganda "Long live the great Marxism-Leninism", Shaanxi Provincial Class Education Exhibition Hall, 1971, June]
O padrão mantêm-se mas assiste-se a uma passagem de nível no "jogo". Onde antes se lia "defesa da família, da moral e dos bons costumes", tudo arrumadinho dentro da sacola dos valores da[s] igreja[s] e da[s] religões, lê-se agora "eliminar estereótipos, igualdade de género, condição femininina, exploração da mulher"[como se o porno fosse só mulheres no ecran...], com o argumento da modernidade e da vanguarda europeia, farol que ilumina o mundo. Os censores puritanos, esses, continuam a ser exactamente os mesmos.
Tudo o que realmente importa, tudo o que vai a jogo, está explicadinho, tintim por tintim, no clip retirado do The People vs. Larry Flint de Milos Forman. O resto é conversa de quem lhe sobra tempo para ter boas intenções que vão continuar a encher o Inferno.
«Parlamento Europeu vota proibição de pornografia»
Os "autores e especialistas" portugueses que se mostram indignados com o Index da Opus Dei são os mesmos "autores e especialistas" que participam nos programas de opinião da Rádio Renascença e que têm o rádio do carro sintonizado na RFM, "só grandes músicas", aquelas que não estão no Index musical da Igreja Católica; ou só se lembram quando lhes cai no quintal?
[Na imagem, fanada à Shyz, lista das proibições impostas aos membros da Opus Dei]