"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O Pê Cê Pê da oposição, perdão, do Porto, que não só aplaude a descida dos impostos como até acha que se devia ir "mais além"; o Pê Cê Pê no poder, perdão, de Setúbal, que aplica os impostos à taxa máxima [e até acha que se devia ir "mais além"?], indiferente ao desemprego, às falências, ao empobrecimento e à miséria nas famílias, numa das regiões do país mais castigada pela crise.
O Pê Cê Pê quer ser levado a sério?
[Imagem Scott King 'Brian', 2008, Porcelain Bust, Rooster Feathers, Rhinestone Collar, Paint]
Curiosamente, na história recente da Alemanha, já houve um Fuchs que também gostava de decidir a vida dos outros. Foi SS-Scharführer em Belzec, Sobibor e Treblinka.
É que para além do serviço prestado pela Fertagus, em termos de qualidade, conforto e segurança, ser infinitamente melhor que o prestado pela CP, os €62 de diferença no preço do título de transporte pagamos nós, contribuintes, quer sejamos ou não utentes do serviço, e que se calhar, bem feitas as contas, acabam por nos sair a nós, taxpayers (em inglês tem mais a ver com a realidade) por 100 ou mais euros porque, querer comparar a eficiência de uma empresa com a da outra, ao nível da produtividade versus numero de empregados e/ou gestores, é o mesmo que comparar o cu das calças com a Feira de Castro. Conversa da treta.
Oficialmente, entre Outubro de 1939 e Agosto de 1941, durou na Alemanha de Hitler o programa Aktion T4 cujo objectivo era a «eliminação ou a esterilização de pessoas com deficiências físicas, mentais, doentes incuráveis ou com idade avançada, denominados de "vida que não merecia ser vivida"».
Oficialmente, em Junho de 2010, na Alemanha democrática e da União Europeia um estrangeiro pode ver recusada a permissão de trabalho e residência com o argumento de que é muito estúpido.
Depois de na passada segunda-feira ter visto em Setúbal a campanha da CDU com Jerónimo de Sousa à cabeça, ao som do “Eu quero mamar nos peitos da cabritinha” de Quim Barreiros, agora são os sindicatos a discutir os saltos altos no trabalho.
«Vocês querem é tacho! Os partidos têm sido um Banco Alimentar! Eu não voto!.. Desde que o Durão Barroso foi para Bruxelas nunca mais votei»
Um cidadão anónimo para Ilda Figueiredo na Feira São Cosme em de Gondomar.
Vai ser lindo vai. Podiam ter marcado o pic-nic para o dia das eleições… sempre havia uma justificação. Era o faz-de-conta que as pessoas não querem saber dos Fripóres e dos Lopes da Mota; dos Bêpê-énes e dos Loureiros; das candidaturas em estéreo; da coitadinha da Festa do Avante!; dos Procuradores que quase morrem de velhice; e é melhor ficar por aqui se não ainda acabo a fazer um daqueles posts resma de papel.
Mas se Deus quiser há-de estar um lindo dia de sol e os comentadores de serviço ao pós-guerra na noite de domingo lá terão com que argumentar.
Quando ouço aquele spot na Radar Lisboa onde, por cima de uma tema dos LCD Soundsystem cujo refrão é “on repeat, on repeat, on repeat, on...”, o locutor pergunta “Qual é a música que ouves em repeat?”, lembro-me sempre da CDU e das campanhas eleitorais. Vocês sabem o que é trabalhar em frente à sede do PCP e ouvir de manhã à noite a Carvalhesa em repeat, debitada através daquelas cornetas tipo feira, com um som para lá do manhoso? Tortura, não digo de Guantanamo e também não digo de Gulag, mas uma tortura Santa Margarida, e das vezes que tive de ouvir o Nelson Ned, em repeat ,cantar “O que é que você vai fazer domingo à tarde?”.
Este ano não houve Carvalhesa. Devem ter concluído que não era por causa disso que o povo ia a correr todo lampeiro fazer a cruz no respectivo quadradinho. Antes pelo contrário. Descobriram tarde, mas descobriram. E ainda bem para eles e ainda bem para nós.
Em Barcelos, pela boca da “camarada” Ilda Figueiredo que não está sujeita a estas coisas da lealdade para com o presidente da Comissão Europeia, ficámos a saber que o “camarada” Durão Barroso só ontem lhe respondeu, por e-mail, às dúvidas colocadas sobre o futuro da Quimonda. Em inglês; a resposta. Ainda assim uma evolução considerável para quem chegou a andar a aprender chinês.
Laurinda Alves perdeu a cabeça em Aveiro nas bancas da roupa de marca contrafeita. Porque é que será que de cada vez que vejo a Laurinda Alves me vem sempre esta música à cabeça?
O problema é que nós não queremos os jovens a trabalhar aos 16 anos, assim como a serem pais aos 16 anos, ou a consumir álcool aos 16 anos ou a conduzir aos 16 anos. Se o argumento “pode trabalhar” serve para desbloquear o “pode votar”, então serve para tudo. É o caminho mais fácil. Já que que não se consegue impedir que trabalhem dá-se-lhes o direito de voto. Numa coisa tem razão: há adultos que não sabem.