"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Poland's Institute of National Remembrance has published details of 9,686 guards who worked at Auschwitz.
The names of almost 10,000 Nazi SS commanders and guards who helped in the extermination of more than a million Jews at Auschwitz have been posted online for the first time.
The list of 9,686 names are predominantly German and their pre-war occupations are listed as farmers, butchers, teachers, cobblers and all manner of jobs.
O Papa foi sozinho a Auschwitz? Não. O Papa chegou sozinho Auschwitz? Não. O Papa estava sozinho em Auschwitz? Não.
Chegou um magote de gente, comitiva, representantes oficiais, representantes do Governo polaco, a comunicação social, fotógrafos, bajuladores vários e emplastros diversos, com o Papa lá no meio. Passaram todos para o outro lado. Passou depois o Papa, fotografado visto de baixo, visto de cima, visto dos lados, filmado de todos os ângulos possíveis e imaginados por câmaras previamente instaladas em braços de gruas e em drones. Não se lembraram de o fazer no Inverno, um Papa todo de branco num campo de extermínio coberto de neve, o efeito visual ainda era infinitamente maior.
Bardamerda para o Vatiwood [Vaticano + Hollywood] rodado no "cu do mundo" e na falta de respeito pela memória de um milhão e trezentos mil mortos.
«About 1.5 million people, most of them Jews, were killed at the Nazi camp, which has became a symbol of the horrors of the Holocaust and World War II, this ravaged Europe. The camp was liberated by Soviet Red Army troops on Jan. 27, 1945, and about 200,000 camp inmates survived.
Os crematórios de Dachau, em puzzle para crianças a partir dos 8 anos, à venda no Amazon.
Adenda: Entretanto, e após uma googlada rápida, descobre-se que a mesma empresa também comercializa o portão de Auschwitz, e o tristemente famoso "Arbeit macht frei". Faltam-me as palavras.
«A célebre inscrição "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta), afixada à entrada do campo de concentração nazi de Auschwitz, no sul da Polónia, foi roubada durante a noite»
Desde os primeiros dias da criação deste blogue que as duas primeiras secções de links na barra da direita são respectivamente “conhece os teus direitos! / know your rights!” e “não esquecer! / do not forget!”; por isso fico muito agradado (era para ter escrito contente mas assim fica mais solene) por saber que o memorial museum at Auschwitz abriu uma página no Facebook. Ao mesmo tempo sinto-me desconfortável pelas opções e mecanismos inerentes ao funcionamento da rede: “Torna-te amigo” ou “Become a fan” é um bocado, e um bocado é favor, macabro…
Quando no verão de 1941 recebeu de Himmler a missão de preparar Auschwitz para o extermínio em massa, escreve Höss que sentiu que naquela ordem “havia algo monstruoso”, mas os argumentos fizeram-no pensar que as instruções eram perfeitamente justificadas. (Tradução minha)
E na caixa de comentários à notícia, o “Comentario más valorado”:
«Hoy tenemos en Gaza todo un ejemplo como campo de exterminio moderno y eficiente. Solo necesita permisos de visita. En Auschwitz ya no hay personas, por eso queda triste y desangelado. En cambio Gaza rebosa de personas llenas de vida que tienen la religión equivocada y el destino igualito que los de Auschwitz.»
Os outros comentários que se seguem também não lhe ficam atrás em “criatividade” e ódio. Mahmud Ahmadinejad não diria melhor. Aliás nem precisa de dizer nada porque tem os idiotas úteis, de serviço aqui na Europa.
Se ser “de Esquerda” é isto, então prefiro mil vezes a Direita.