|| Uma nova Aliança Democrática
E agora sou eu na (minha) pele de cidadão anónimo, observador interessado da cousa política e escrevinhador aqui no blogue:
Manuela Ferreira Leite nasceu ontem para a política e Paulo Portas foi ainda há ’cadinho que viu a luz do dia; como é de todos sabido. E como nenhum deles exerceu alguma vez cargos de governação, nenhum deles tem culpas no cartório do estado do Estado e do estado da Nação - e já nem vou pelo défice 6,83% - e nem foram eles e respectivos partidos que foram duramente penalizados nas eleições que deram a primeira maioria absoluta da história da Democracia portuguesa ao PS. Como diz o outro: “Há muita fraca memória na política portuguesa”?
Adenda: Pensava eu que “populismo” era, por exemplo, no dia seguinte aos incidentes no Bairro da Bela Vista em Setúbal, Paulo Portas aparecer na baixa da cidade (não no Bairro!) a exigir mais polícia na rua e a exigir o fim do rendimento mínimo e a exigir políticas de não-imigração. Afinal enganei-me, populista é o Bloco porque não está «disposto a abandonar o discurso desbragadamente populista em função de uma solução de governo». A visão maniqueísta do populismo. O do Bloco é o “mau” populismo; “bom” populismo o do CDS que está disposto a usar o discurso desbragadamente populista em função de uma solução de governo. Recorrendo a uma velha máxima bolchevique: “Aprender, aprender, aprender sempre!”.
Nestas coisas do “populismo” o Bloco mete mais medo à Direita pensante que ao Povo anónimo. Os resultados eleitorais não se cansam de o mostrar.
(Imagem fanada no El País)