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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Da sucata

por josé simões, em 19.05.09

 

Leio no sítio da RTP Açores que o caso dos 48 milhões de euros do erário público esbanjados num monte de ferro e a que por força querem dar o nome de navio, chega hoje à Assembleia da República «pela mão do deputado do CDS / PP eleito por Viana do Castelo, onde o navio foi encomendado pelo Governo dos Açores».

 

Também no mesmo sítio tomo conhecimento que o «Governo dos Açores quer resolver problema da sucata no arquipélago», através do subsídio à «exportação de sucata inter-ilhas e para o Continente português», e que de «acordo com a Portaria que está a ser preparada pela secretaria açoriana do Ambiente, esses apoios poderão chegar aos 100% do custo do transporte dos resíduos».

 

Não sei se há alguma relação entre ambas as notícias, uma vez que estamos a falar de sucata. Mas parece-me um contra-senso, para não lhe chamar outra coisa, gastar 48 milhões num monte de sucata num navio, em nome da coesão inter-ilhas e em nome dessa mesma coesão subsidiar a exportação de sucata para fora das ilhas.

 

Custo da insularidade, que, dê por onde der, são sempre os mesmos a pagar.