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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Dança de cadeiras

por josé simões, em 03.03.07

 Li algures – não me recordo onde – que, Eduardo Dâmaso vai ocupar o lugar deixado vago por João Marcelino na direcção do Correio da Manhã.

 

A ser verdadeira esta troca de cadeiras, como é que o público-alvo dos dois jornais irá reagir?

 

Á primeira vista, o principal beneficiário desta troca poderá ser um terceiro que não foi tido nem achado para estas opções editoriais; é previsível um desvio de leitores do Diário de Notícias para o Público que, repartem e lutam ombro-a-ombro pelo mesmo público-alvo.

 

Restam duas incógnitas:

 

. Como irá ser a revista 6ª, uma vez que não são anunciadas mudanças ao nível dos habituais colunistas. Passará a ter a inevitável mulher-nua na capa como a revista do Correio da Manhã?

 

. A outra incógnita – a maior de todas – é como será o Correio da Manhã com Eduardo Dâmaso ao leme? Poderá o Correio da Manhã cometer uma espécie de hara-kiri jornalístico, com uma mudança do azimute editorial que o levará a uma inevitável perda de leitores?

 

Conhecendo como penso conhecer o Eduardo – foi meu colega de curso – pode ser que me engane, mas não o vejo a fazer “gimnásticas” editoriais para se adaptar a uma situação concreta que é ter de pôr todos os dias na rua um jornal, em que 90% das notícias são crimes e assaltos e o que resta, no suplemento, são os infalíveis anúncios das acompanhantes brasileiras.

 

(Eduardo: As voltas que o mundo dá!)