A natureza das coisas (campanhas negras)
É deveras interessante que quem incessantemente reclama contra os julgamentos na praça pública, delineie como estratégia de vitimização trazer o caso Freeport para o congresso do partido. Está encontrado o inimigo-comum externo que vai servir como pólo aglutinador do partido à roda do líder nas próximas batalhas eleitorais: "a campanha negra".
É perigoso para Sócrates levar o caso Freeport a votos, mas foi a pedido do próprio. E venha quem vier, dê por onde der, Sócrates recordou que “em democracia é o povo quem mais ordena”. Onde é que eu já ouvi isto?
Longe de mim comparar José Sócrates e o caso Freeport aos casos Fátima Felgueiras, Isaltino Morais ou Valentim Loureiro - quer na forma quer no conteúdo; mas a forma e o conteúdo como José Sócrates se vitimizou perante a plateia de Espinho é igualzinha à forma e ao conteúdo que serviram para as reeleições de Fátima Felgueiras, Isaltino Morais e Valentim Loureiro. Nada de novo; o povo é quem mais ordena.
Adenda: este meu escrito sobre "campanha negra" por analogia com o sampler.