O regresso
por josé simões, em 27.02.07
Sejamos claros, a essência da questão – com o devido copywrigth – é: o comum do cidadão terá algum interesse, ou manifesta alguma espécie de entusiasmo por mais ténue que seja, na novela Paulo Portas?
Por outras palavras, a quem importa se Paulo Portas regressa ou não à liderança do PP, senão a 5 deputados órfãos numa bancada de S. Bento; a Ribeiro e Castro perseguido por uma “assombração” e, ao próprio Portas, auto-remetido a uma espécie de limbo político e com uma desenfreada urgência de protagonismo?
Condimentando este cozinhado com uma pitada extraída a alguns blogues que, de manhã à noite não falam noutra coisa como se o mundo acabasse já amanhã; mais alguns comentadores e candidatos a formadores de opinião que pululam pela comunicação social, e o que resta, é o resto do país real, cujo único interesse por Portas foi, quando circulavam anedotas via sms sobre a sua opção sexual.
É pouco, muito pouco. Muita parra para pouca uva.
(Eu próprio, sem o querer, já estou a jogar o jogo de Paulo Portas: que se fale dele).