Apontamentos
Segundo Amaral Lopes, vereador da Cultura da Câmara de Lisboa, o vice-presidente da autarquia, Fontão de Carvalho, pediu desculpa aos restantes vereadores por lhes ter escondido, durante cerca de três meses, a sua condição de arguido no caso do pagamento de gestão efectuado aos administradores da EPUL.
Carmona Rodrigues, presidente da autarquia, também o sabia desde o primeiro minuto e, não consta que tivesse também pedido desculpa…
Quem também se “esqueceu” de pedir desculpa, foi Dias Batista do PS Lisboa, ao seu camarada de partido Gaioso Ribeiro por o ter acusado de traição quando votou ao lado do PCP e BE e CDS/ PP numa proposta que visava anular o negócio do Vale de Santo António.
Gaioso Ribeiro e toda a oposição votaram favoravelmente a proposta que, acabaria por não passar devido à abstenção de Dias Batista e da sua camarada de partido Natalina Moura.
A proposta foi chumbada e, o resto é a embrulhada que todos conhecemos.
As desculpas a Gaioso Ribeiro tardam e, a traição à população de Lisboa ficou com quem a cometeu.
No não menos mediático caso do envelope 9, o condecorado Souto Moura defendeu em audição parlamentar que as disquetes teriam ficado esquecidas, acabando apensas ao processo Casa Pia sem que tenham sido analisadas.
Os inspectores da PJ, Dias André e Rosa Mota, também ouvidos pelos parlamentares dizem exactamente o contrário; as disquetes foram analisadas pela Judiciária.
No meio de toda esta embrulhada, eis que surge uma explicação fantástica! – como diria José Mourinho – afinal poderemos estar perante outro envelope; o 6 que obviamente não tem nada a haver com o 9.
Senhores procuradores, senhores inspectores, senhores deputados; permitam-me uma sugestão: Porque não marcar os envelopes como no Bingo, o numero 6 e o número 9 com uns tracinhos por baixo.
Evitavam-se confusões desnecessárias; o povo agradecia.