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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Vasos comunicantes

por josé simões, em 17.11.08

 

 

Sem que se levante outro um coro de protestos (vá-se lá saber porquê), pela segunda vez em poucas semanas Manuela Ferreira Leite volta à carga com as obras públicas.

 

Se da primeira tinha razão, porque o nacional-empresário na ganância do lucro fácil e rápido para a engorda da conta bancária pessoal, só contrata imigrantes, na grande maioria ilegais, a quem paga metade do que paga a um trabalhador indígena e sem regalias sociais, originando com isso a fuga de portugueses para trabalhar na construção civil em Espanha, já na segunda quer-me parecer que a coisa está mal explicada.

 

Seguindo o raciocínio de MFL: se os grandes beneficiados com as obras públicas que se avizinham vão ser outras economias, nomeadamente a espanhola; se uma grande fatia dos trabalhadores portugueses da construção, trabalha para empresas espanholas (pelo que atrás foi explicado), a criação de emprego vai-se dar em Portugal; certo?

 

O que eu gostava de ver explicado por MFL, e já agora pelo nacional-empresariado, é porque é se corre o risco de ver as empresas espanholas ganharem os concursos para as grandes obras públicas em Portugal, e por consequência, a criação de riqueza dar-se em Espanha. Não é que precise de explicações, era só mais para o ouvir, dito da boca de determinadas pessoas.

 

(Imagem de David Foster)