Razões de Estado
«A nossa Justiça tem de ser mais rápida. Precisará de relógio? Não, precisa de cronómetro! Um exemplo de ontem: foi adiado o julgamento em que Carolina Salgado é acusada do crime de "fogo posto" nos escritórios de Pinto da Costa e de Lourenço Pinto. A razão é de Estado: os queixosos não compareceram em tribunal "por causa do jogo" do FC Porto em Kiev.
No entanto, o voo que transportou a comitiva portista para a Ucrânia saiu com 30 minutos de atraso porque Pinto da Costa se esqueceu do passaporte em casa. É aqui que entra o cronómetro. Se a nossa Justiça fosse um bólide, o julgamento tinha-se realizado naquela meia hora de impasse e em pleno aeroporto. É que estavam lá todos. E sem nada que fazer.»
Leonor Pinhão no Correio da Manhã