Dos tempos em que Ronald Reagan ainda não era governador da Califórnia
Causou grande sururu a afirmação proferida pelo Presidente do Conselho de que era “digamos assim, da geração Kennedy” e que se lembrava do “debate que houve na América quando, pela primeira vez, um católico se candidatou a presidente”.
Houve logo quem viesse insinuar que a certidão de registo foi alterada, talvez com o pensamento noutras alterações recentemente ocorridas. Não sei.
Isto tudo faz parte dum processo construtivo. Que me lembre (de ouvir falar!) também o Leonidas Brejnev usava medalhas, ganhas na II Guerra por bravura em combate, apesar de nessa altura ter a mesma idade que José Sócrates tinha no célebre frente-a-frente entre Kennedy e Nixon.
Se, como diz o outro, “lendo, vendo, ouvindo átomos e bits”, estivessem com atenção aos sinais, tinham percebido que o discurso é coerente: Bob Dylan também está lá.
A Hard Rain’s a Gonna Fall, a crise dos mísseis cubanos, The Times They Are a-Changing, O Nikita Khrushchev a bater com o sapato na tribuna, Like a Rolling Stone, a invasão da Baía dos Porcos e por aí fora.
N. da R. – Na foto roubada na Time Magazine, não é, sublinho Não É, José Sócrates que aparece debaixo da mesa de trabalho na Sala Oval.
Post-Scriptum: Se há coisa que me chateia é ser apanhado em falso. Ainda mais com erros de palmatória; pelo entusiasmo em escrever o post. Foi o que fez António Vilarigues aqui na caixa de comentários. Obviamente que Brejnev tinha idade para combater na II Grande Guerra. Não tinha era o direito a ostentar algumas das medalhas que ostentava. Sobe a paranóia medalhística de Brejnev (e não só) aqui.