Conversa de merda
Conversa de merda é, como muito bem escreve o Carlos Alberto, ouvir gajos ainda do tempo de ler a Gina às escondidas dos pais, argumentar que o Magalhães facilita o acesso a sites pornográficos, ainda assim os meninos não escrevam “vagina” e “ratas” (*) no Google search.
Cá em casa há um puto que começou a andar pela net ainda antes de saber escrever e sem Parental Advisory. À parte um vírus marado que apanhou no sítio dos Transformers, nunca demos notícia de andar a bisbilhotar o RedTube ou o Megarotic ou o Pornoamateurs ou outros que tais.
Mas isso também é como tudo. Há os que dentro das aulas se vão aos professores por causa do telemóvel, e os que antes de entrar têm a preocupação de o desligar.
Conversa de merda. Pornografia my ass! Isto cheira-me é, como diz “o outro”, a bota-abaixismo.
(*) Como os tempos mudam! Quando era puto ninguém dizia “vagina” ou “rata”. Era mais uma palavra começada por C acabada em A e com um N no meio. Mas isso era aqui em Setúbal e na escola pública. Como não tive o azar de nascer na Linha e de andar no colégio privado, não conheço as outras realidades.