Drive-In
Confesso que a primeira vez que vi a senhora não a achei bonita, como dizem alguns, nem sequer uma boazona; “a lasca do Alasca”, como dizem outros. Achei-a simplesmente com cara de “Amaricana”.
“Amaricana” não no sentido de natural dos Estados Unidos, se é que os naturais daquelas latitudes podem ser identificados pela fisionomia. “Amaricana” no sentido que têm as personagens de filmes género Academia de Policia ou Porky’s. A típica cheerleader do liceu, loura, mamalhuda e burra q.b. mas smartass o suficiente para namorar com o capitão da equipa de futebol e para fazer a vida negra às outras; as “nerds”, que se esfalfam a estudar e nunca saem da cepa-torta.
Ontem, depois de ler a notícia, assentei mais um tijolo no meu muro de suspeitas. “popcorn” como password. É dos filmes: o drive-in, o namorado, o balde das pipocas.
Teve mais sorte que a filha (her point of view): nunca casou grávida.
(Não me espantava absolutamente nada que os óculos fossem só para compor uma imagem)
Post-Scriptum: Se em Hollywood a tradição ainda valer, esta senhora vai-se dar mal no fim do filme.