Dói, não dói? Habituem-se!
Ainda sofre o affair Boavista; um histórico do futebol português, com 105 anos de história e, segundo reza a lenda, responsável pela introdução da modalidade em Portugal; e sobre a série de artigos assinados por Carlos Abreu Amorim (CAA) no Correio da Manhã e depois republicados no Blasfémias, importa a meu ver recordar que:
- De 1978 a 1997 (19 anos) os sócios do Boavista FC elegeram sem interrupções o Major Valentim Loureiro como presidente do clube:
“Assim nasceu uma nova era denominada de Boavistão, liderada pelo Major Valentim Loureiro, que com a sua sagacidade e inteligência, transformou e criou as condições para a projecção actual do clube, por todos reconhecida.” (Negrito meu)
- de 1997 até 2008 (11 anos) os sócios do Boavista elegeram sem interrupções João Loureiro, filho do anterior presidente, naquela que foi considerada a primeira dinastia do futebol português:
“Sucedendo em 1997 ao pai, Major Valentim Loureiro, o actual presidente, Dr. João Loureiro, tem imprimido ao clube uma dinâmica traçada por objectivos muito precisos, assentes no investimento certo, nos equipamentos desportivos e na politica de gestão do futebol.” (Negrito meu)
- nem o Major, primeiro, nem o filho, depois, tomaram o poder no Boavista por “golpe de Estado”. Foram eleitos em eleições democráticas e incontestadas; e estiveram, pai e filho, à frente do clube 30 – trinta – 30 anos (!!!), com o apoio incontestado dos sócios; nunca é demais sublinhar.
“Quem boa cama fizer, nela se vai deitar”…
Escreve CAA na caixa de comentários deste meu post:
“V. não percebeu nada. Eu não defendi o intervencionismo. Pelo contrário. A Câmara tem de ser um Governo local. E deve ser um factor de união de esforços dos cidadãos na defesa dos interesses locais.
A CMP nada disse e nada fez. Alheou-se da questão. O que é profundamente errado.”
Caro CAA: antes pelo contrário; eu percebi e percebo muito bem! A Câmara nada disse e nada fez; e fez muito bem. Alheou-se da questão. O que é profundamente certo.