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por josé simões, em 10.01.07
Também ontem ficámos a saber das razões da greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.
A ter em conta; manter o acordo de empresa actualmente em vigor que entre outras preciosidades inclui 36 dias e meio (trinta e seis dias e meio!) úteis de férias por ano; regime de trabalho de 6 (seis!) horas diárias, divididos em dois turnos, sendo que um tem de ser obrigatoriamente sem condução; prémio de produtividade automático (!) de 12 cêntimos por quilómetro, abrangendo também os 13º e 14º meses.
A generalidade dos trabalhadores tem 22 úteis de férias por ano; períodos de trabalho de 8 horas (todas a trabalhar); prémios de produtividade, se produzirem e, não abrangendo os meses extra.
Mas o Metro de Lisboa é uma empresa do Estado e, por assim ser, pode dar-se ao luxo de ter prejuízos anuais na ordem dos 160 milhões de euros. Alguém há-de pagar.
Assim como alguém há-de pagar esta sucessão de greves, cirurgicamente marcadas para as horas de ponta e, em defesa de mordomias de tão absurdas que, me faltam adjectivos para qualificar.