Revolução na hotelaria? Não iria por aí...
por josé simões, em 01.04.08
Caro João Tunes; caro Paulo Pinto Mascarenhas , não vejo o que possa haver de absolutamente extraordinário e surpreendente nesta notícia…
Na perspectiva marxista-leninista da economia, deve ser encarada como uma medida, cujo objectivo último é eliminar mais um explorador na cadeia das relações laborais. Falando português corrente, o explorador tem nome: O Chulo.
Ao contrário do que se possa pensar, os cubanos podiam e podem frequentar os hotéis de luxo, aparentemente reservados aos turistas. Mais concretamente, as cubanas.
É absolutamente banal encontrar, nos lobbies & bares dos hotéis de Havana, jovens do sexo feminino, algumas com curso superior, que, para conseguirem equilibrar o orçamento, fazem uns “biscates” junto dos turistas, a troco de comissões pagas aos gerentes e recepcionistas, que assim fecham os olhos às penetras indígenas.
Ao abrir as portas dos hotéis aos naturais, Raul Castro elimina um parasita na cadeia de produção.
Têm dúvidas? Visitem Havana e depois falamos.
(Foto de Elmer Batters via El País)