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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Que Graaaaande mau gosto!

por josé simões, em 01.02.08

 

Sobre a notícia do dia, e sobre as fotos que a ilustram – e desculpem lá mas vou ver isto pelo lado estético; tem de ser visto em primeiro lugar pelo lado da estética; a trafulhice para depois – só me ocorre uma coisa: Não é uma questão de falta de gosto; é mesmo Mau Gosto! Que Grande Mau Gosto! Que Grande Mau Gosto! Que Graaaaande Mau Gosto! (Prontes! Já libertei a minha raiva).
 
E os gostos discutem-se sim senhor!
O dinheiro gasto para construir uma casa feia, é exactamente o mesmo que se gasta para construir uma casa bonita. Os materiais são os mesmos. É uma questão de gosto. De bom gosto.
E aqui, o mínimo dos mínimos era o respeito pelos materiais da região e pela tradicional traça arquitectónica. Não era pedir muito.
 
Senhor assinante dos projectos; senhores autores dos projectos: façam o favor a vós próprios, comprem esta revista, e também esta. Vão ver que não dói nada. São só uns euritos por mês; o que é isso? E o povo agradece.
 
Também podemos ver a coisa por outro prisma. Ou melhor; o mesmo prisma, por outro ângulo: o ideal de urbanismo que existe dentro das cabecinhas de quem projectou estas casas, reflectida no dia-a-dia da governação, e das ideias que se têm para Portugal. Somemos a isto os projectos PIN e aqui temos um resultado bombástico. Literalmente.
 
(Uma atenuante: a culpa não é deles. É de quem lhes passou o diploma de fim de curso; de quem os habilitou profissionalmente. Em última instância, de quem lhes deu emprego.)
 
Adenda: via Atlântico, descubri os restantes "cagalhões". Aqui.
 

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