Dá-me música que eu estou a gostar de ouvir!
por josé simões, em 23.11.07
Não podia estar mais de acordo com o que Manuel Carvalho assina hoje em editorial no Público:
“A inspecção da Provedoria de Justiça. Cujo diagnóstico arrasa a imagem de eficiência e produtividade da máquina fiscal e denuncia várias ilegalidades lesivas do Estado de Direito, não prescinde da intervenção do poder político ou de um inquérito judicial. Os apelos de Paulo Portas, que se insurge contra o “fanatismo fiscal” e reclama o respeito pela lei e pelas garantias dos contribuintes, têm de ser levados em conta.” (Negrito meu)
O que dá que pensar é o timming e a forma (abaixo-assinado), que Portas escolheu para introduzir o tema na ordem de trabalhos. Não foi Portas ministro de dois Governos, primeiro com Durão Barroso e depois com Santana Lopes, sendo que neste último a pasta das Finanças pertencia ao seu partido (Bagão Félix)? Não era Paulo Macedo responsável máximo pelo fisco durante esses dois Governos? Que fez Portas para inverter a situação? Nada!
Assim cheira-me a líder, de um partido político que não existe, desfragmentado por lutas intestinas promovidas por si próprio, candidato a líder e depois líder eleito; com a reputação e a idoneidade pelas horas da morte, e que busca assim a legitimidade que em consciência sabe não ter aos olhos dos eleitores. E nestas eu não embarco.
(Foto via Interfoto Agentur)