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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Ainda a visita da polícia ao sindicato na Covilhã

por josé simões, em 16.10.07

 

 

Sejamos honestos. Alguém no seu perfeito juízo pensará ser possível um atentado à integridade do primeiro-ministro ou de outro qualquer membro do Governo a coberto de uma manifestação, convocada por sindicatos, e marcada para o mesmo dia e para a mesma hora de uma qualquer visita oficial, numa qualquer cidade do país?
 
Antes pelo contrário! Um possível acto de violência ou atentado viria sempre de dentro das hostes dos beijinhos e dos apertos de mão, sempre convenientemente presentes em todas as visitas oficiais, e que dão um jeitaço do catano para avalizar o sucesso das políticas governamentais e a sua aceitação pela populaça; com a vantagem de não estarem sujeitas a pedidos de autorização nem a licenciamentos pelos governos civis. Os exemplos são mais que muitos. Recorro só a dois ou três, para não maçar: o atentado a João Paulo II em Fátima, veio de uma manifestação de infiéis? O atentado que vitimou Anwar Sadat em 1981 foi cometido por um manifestante hostil? O assassinato de Olof Palme foi cometido a coberto de uma manifestação não autorizada? E o de Kennedy?
 
Por favor não insultem a inteligência dos portugueses… senão só nos resta partilhar da opinião dos sindicatos quando defendem que isto não são mais do que manobras de intimidação e autoritarismo.
(Foto de Simon Gentleman para o Guardian)