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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| A troika tem as costas largas

por josé simões, em 05.11.13

 

 

 

Ainda assim não tão largas quanto isso.

 

Se dúvidas houvessem sobre a agenda deste Governo, as suas reais intenções – empobrecer os portugueses económica e intelectualmente, para quem governa e a cobardia em assumir os actos políticos escudado no álibi troika, o papel da troika nestes 3 anos e quem diz à troika o que a troika deve dizer:

 

Sobre o aumento do salário mínimo, medida consensual entre patrões e sindicatos onde o papel do Governo se limita ao de legislador:

 

«não há aumento do salário mínimo enquanto a "troika" estiver em Portugal»,

 

e não fomos nós [eles] quem assinou o memorando:

 

«"quando acabar o programa de assistência, Portugal deixa de ter um constrangimento que foi inserido no memorando de entendimento original, assinado pelo anterior Governo, que não permite um aumento do salário mínimo sem antes essa matéria ser discutida com a própria 'troika'»,

 

e além disso a troika ainda queria ir mais além que a troika:

 

«O ministro relembrou que a "troika", tal como já tinha sido noticiado, queria descer ainda mais o "salário mínimo para os mais jovens"»

 

O governo, esse grande amigalhaço, é que não deixou.

 

 

Sobre o financiamento ao ensino privado, medida que depende única e exclusivamente do Governo, e já agora, do dinheiro dos contribuintes [e não há dinheiro para nada]:

 

«O novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, que entra hoje em vigor, flexibiliza as regras para este tipo de acordos, que deixam de estar dependentes da oferta pública existente na mesma região, por exemplo.

O Governo mostra também intenção de alargar "progressivamente" os apoios de acção social escolar de que os alunos das escolas privadas com contrato de associação já beneficiam aos alunos das restantes escolas do ensino particular e cooperativo»

 

Isto apesar de no memorando de entendimento constar precisamente o contrário:

 

«and reducing and rationalising transfers to private schools in association»

 

Mas como não fomos nós [eles] quem assinou o memorando não nos vemos na obrigação de cumprir o memorando que cumprimos sem ter assinado. Confusos?

 

[Imagem]