|| A gente faz que não percebe
Sem nunca pronunciar as palavras "parque", "eólico", "off-shore", e "Aveiro" – se calhar por causa de ser apenas um projecto sobre uma intenção de projecto à procura de financiadores que permitissem ao Estado perder dinheiro, digo eu;
Sem nunca pronunciar as palavras "central" e "nuclear" – se calhar por causa da memória de Three Mille Island, Chernobyl, e Fukushima, digo eu;
Sem nunca pronunciar as palavras "lobby" e "manifesto" – se calhar por causa dos nomes subscritores e de projectos para refinarias em Sines, com estudos de impacto ambiental martelados, e que permitiam ao Estado perder dinheiro, muito dinheiro, digo eu;
Mira Amaral diz que foi o primeiro, naquilo que lhe convém que tenha sido o primeiro, e fala em abrir garrafas de champanhe e em fundamentalismos e em reindustrialização e em fazer descer o preço e em rendas excessivas e em problemas para a economia e mais o Orçamento do Estado, privatizações bancárias à parte.
A gente faz que não percebe e os contribuintes agradecem a preocupação manifestada. Até porque quando o Estado perde dinheiro, muito dinheiro, há alguém que ganha dinheiro, muito dinheiro – projectos, projectos sobre intenções de projecto, lobby, e privatizações bancárias à parte, digo eu.
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