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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Não há cão nem gato que não fale de Keynes

por josé simões, em 18.06.13

 

 

 

Ou é preciso estar de muita má fé ou é preciso ser muuuuuito estúpido [e estou a ser educado] para não perceber que os protestos no Brasil não têm nada a ver com keynesianismo mas com a corrupção e a promiscuidade entre o público e o privado [que idolatra Hayek]; com os negócios milionários do sector privado à sombra do guarda-sol do Estado; com quem jurou servir o povo e defender a Constituição e usa o cargo para o qual foi eleito para daí tirar proveito e enriquecer do dia para a noite. Dito de outra maneira, têm a ver com keynesianismo na medida em que as pessoas nas ruas se manifestam contra a forma como o investimento público é feito, o país do futebol não quer investimento público em estádios de futebol, quer investimento público em saúde e educação. Quer keynesianismo sim, mas noutra direcção e transparente. Não há cão nem gato que não fale de Keynes, que é como quem diz, toda a merda fala de Keynes.

 

[Imagem]

 

 

 

 

 

 

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