|| Concertada ou consertada?
Um dia vem o líder do partido colaboracionista no poder, e alegado primeiro-ministro, anunciar uma taxa sobre as pensões. Dois dias passados e vem o líder do segundo maior partido da oposição, Viriato na luta contra a ocupação estrangeira, relembrar que a TSU dos reformados é o Limes entre a civilização e a barbárie. Mais dois dias volvidos e sabe-se que afinal o "cisma grisalho" não vai avante e que tudo não passou de uma encenação entre o n.º 2 e o n.º 3 do Governo, um medir o pulso, um para ver se pega. Quando passarem oitos dias sobre a apresentação das medidas os portugueses vão perceber que a taxa existiu, que o "agarrem-me senão eu vou-me a ele" foi de verdade, e que a alegada concertação entre o n.º 2 e o n.º 3 do Governo foi afinal uma 'consertasão' à posteriori para limitar danos na junta governativa. As crianças brincam ao "sentido de Estado" perante uma plateia de 10 milhões de espectadores.
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