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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

|| Um D. Fuas Roupinho dos tempos modernos

por josé simões, em 30.01.13

 

 

 

Conta a lenda que D. Fuas Roupinho caçava junto ao litoral quando avistou um veado que de imediato começou a perseguir. De súbito, e sem aviso, surge um denso nevoeiro que se tinha levantado do lado do mar. O veado em fuga dirige-se para o cimo de uma falésia e D. Fuas Roupinho, no meio do nevoeiro, perde-se dos companheiros de caçada. Quando dá por si está no topo da falésia, à beira do precipício, em perigo de morte. Roga então em voz alta: "Nossa Senhora, Valei-me!". Imediata e milagrosamente o cavalo estaca, fincando as patas nas escarpas rochosas, suspenso sobre o vazio, salvando-se assim o cavaleiro e a sua montada de uma morte certa por uma queda de mais de cem metros.

 

Não sei se Garrett McNamara, frente ao Bico do Milagre, do alto das montanhas de água, montado em cima da prancha, isolado dos companheiros e rodeado de escuridão por todos os lados, implora a Nossa Senhora que lhe valha, mas a analogia parece-me irresistível.

 

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