"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Palestinian militants surround hostage Arbel Yehoud, on the day they hand her to members of the International Committee of the Red Cross (ICRC) as part of a ceasefire and prisoners swap deal between Hamas and Israel, in Khan Younis in the southern Gaza Strip, January 30. Reuters/ Ramadan Abed
Qual é o "pensamento político" de António José Seguro? O totósismo [de totó] político.
Qual é o pensamento político de Luís Marques Mendes? O chico-espertismo.
Entre o taberneiro e o almirante em quem votavas? É este o dilema do centrão do "sentido de Estado" e do "pensamento político", há 40 anos entretido na produção de elites medíocres, com percurso profissional tão elaborado quanto o pode ser da jota até uma secretaria de Estado, intervalado a tratar da vidinha, pela porta giratória até uma empresa onde se acede pela meritocracia do cartão do partido, completamente desligado da realidade, do sentir das pessoas, empenhado em fazer jus ao popular "atrás de mim virá quem de mim bom me fará".
Parafraseando Zeca, "no comboio descendente mas que grande reinação, uns dormindo outros com sono, e os outros nem sim nem não".
Circula por aí um clip onde Maria João Avillez, alegada jornalista, questiona Ricardo Costa sobre a oficialidade [veracidade] dos números apresentados pela polícia que deitam por terra a teoria da direita, cada vez mais radical, da insegurança pela percepção, "um relatório estranhíssimo". E a senhora por lá vai continuar, em horário nobre, a deturpar realidades e a truncar informação, como diria o outro, a torcer a estatística até que ela diga o que a dona Maria João quer que seja dito. E não, isto não tem nada a ver com liberdade de expressão. E não, isto não tem nada a ver com cancelamento. Isto tem a ver com sanidade e rigor, porque a seguir vamos ter, também em horário nobre, um chalupa anti-vacinas, um terraplanista, ou um criacionista, a questionarem todo edifício cientifico que nos trouxe até ao séc. XXI, o retrocesso civilizacional pela casa dentro desde a caixa da televisão. Por coincidência, e só por coincidência, todos na órbita da direita política.
O primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão do secretário de Estado Hernâni Dias, o das duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, ele que tutelava essas alterações.
Na melhor das hipóteses Carlos Moedas vai ficar para a história como o personagem que matou a galinha dos ovos de ouro, o grande destruidor de emprego e de riqueza em Lisboa, e por arrasto nas regiões adjacentes. Ninguém no seu perfeito juízo quer viver ou passar férias numa cidade cujo "mayor" constantemente a apresenta ao mundo como violenta e perigosa, uma terra sem lei "a oeste de Pecos", a necessitar de um patrulha da polícia em cada rua, de uma CCTV em cada esquina.
Nesta chico-espertice da Fertagus, que já vai para dois meses em exibição, nunca a empresa respondeu que equaciona comprar novas composições, PRR e isso, que são as mesmas desde há 30 anos; nunca nenhum alegado jornalista perguntou à empresa os motivos para o não investimento em material circulante, que é o mesmo desde há 30 anos; nunca nenhuma das autarquias onde a empresa opera tomou posição sobre em 30 anos nunca ter havido investimento em material circulante - renovação da frota, aumento do número de carruagens/ composições.
Depois do partido a bater no fundo da mala, a televisão do militante n.º 1 convida o taberneiro para lavar a imagem e continuar a lançar números falsos e a inventar factos na hora. Ah e tal falsificouusurpou o grafismo do jornal do militante n.º 1 para divulgar notícia falsa sobre violações e vomitar ódio sobre imigrantes. Bem vistas as coisas parece ter sido pouco.