"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Uma espécie invasora, introduzida por via do desleixo e irresponsabilidade da acção humana, mantida e reproduzida com a complacência, fruto da incompetência, de quem gere e administra o parque, há décadas a destruir a fauna, a flora, o habitat de outras espécies há séculos na serra, algumas endémicas, e alimentada por turistas e outros humanos irresponsáveis.
O animalismo em todo o seu esplendor por uma senhora, eleita deputada da nação, que se reclama da ecologia. Vergonha só se for a alheia.
Errar é humano e o Ministério Público nunca erra. O Ministério Público faz coisas indesejáveis, mas tem de ser, é para o bem comum. O Ministério Público não deve desculpas a ninguém porque ninguém tem um estatuto especial, excepto o Ministério Público. Ninguém está acima da Lei, excepto o Ministério Público. Aprendemos ontem na RTP.
Os da "Argélia não é uma colónia francesa mas um departamento" e da consequente guerra, com milhares de mortos de ambos os lados, tortura, repressão da população civil, massacres, terrorismo de Estado, mais os milhões de refugiados e "retornados" a França, e as convulsões sociais e políticas com isso geradas, são os "a França está infestada de argelinos", "estamos a assistir à gradual substituição da população".
Percebem o título do post e a imagem que o ilustra?
Na única democracia ocidental onde os dois cargos mais altos do Estado estão ocupados por dois cidadãos que não foram a votos, no acto da resignação a mulher do primeiro-ministro aparece lá atrás, com cara de coitadinha, "biombo de sala", como na canção do Zeca, por oposição ao dia da tomada de pose de um homem só e cheio de força [googlar "Sunak became prime-minister"]. Pouca auto-estima, de um, de outro, de quem assiste.
Das soluções milagrosas escondidas na manga e dos euros prometidos em campanha eleitoral "nem mais um cêntimo". Ponto. Até porque a quebra de receita com a baixa do IRC vai servir para distribuir dividendos pelo patrão e pelo accionista e o dinheiro investido na economia vai ser zero porque o trickle down não funciona e porque o tempo do "capitalismo reprodutivo" já lá vai.
Andam há décadas a impingir-nos, em toda a Europa, Canadá, Estados Unidos, Austrália, a treta do aumento da esperança de vida que implica um aumento da idade da reforma mais a sustentabilidade da segurança social, sem que os 1% mais ricos, que acumulam o dobro da riqueza do resto do mundo, seja chamada à equação, quando morrerem são os mortos mais ricos do cemitério, mais a outra treta do envelhecimento activo, como se um velho activo tenha de estar obrigatoriamente a trabalhar, de preferência por conta de outrem, e no fim disto tudo parece que há um problema nos Estados Unidos porque um dos candidatos é velho por ter 81 anos e o outro candidato velho é por ter 78 anos de idade. Desmontam-se a eles próprios sem ninguém lhes apontar as contradições.
Há muito, muito tempo, mais precisamente em 2023, Frederico Pinheiro, exonerado do cargo de adjunto do ministro das Infra-estruturas, agrediu duas mulheres no ministério, atirou a bicicleta contra o vidro da fachada do ministério, abriu bué telejornais, não menos primeiras páginas de jornais, motivou uma comissão par[a]lamentar de inquérito, uma rebaldaria sem rei nem roque do Governo socialista.
Há bocado, João Soalheiro, director do Património Cultural, atirou cadeiras pelo ar, exerceu bullying sobre os trabalhadores colaboradores, e os telejornais foram em directo para Marienfeld saber do estado de espírito do Ró náldo, as primeiras páginas foram sobre as lágrimas do CR7, o sofrimento da sua excelentíssima mãe e o sofrimento das não menos excelentíssimas irmãs.
Do Governo "propaganda em movimento" temos Luís Montenegro a chegar à Figueira da Foz, recebido por um Santana Lopes, marreco e com cara de defunto, a propósito do naufrágio de um barco de pesca, mimetizando Marcelo, mais rápido que o INEM, a chegar à queda de um bimotor no telhado de um hipermercado em Tires. Todos os votos contam nas eleições daqui a 6 meses.
Os baptizados "inimigos do povo", pelo líder do partido da taberna, continuam alegremente a representar o papel de "inimigos do povo".