"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O cerco ao Capitólio foi arquivado pelo Ministério Público, o tal, o das escutas anos a fio, saídas para a opinião pública descontextualizadas, sem jeito nem trambelho, a dias certos, na maior das coincidências. Agora os polícias voltam a ser chamados a montar cercas, por dentro e por fora, desta feita à casa da democracia, símbolo maior do Estado de direito democrático, eles que estão obrigados a assegurar a legalidade democrtática, depois do partido que os convoca já ter à civil "cercado" o Tribunal Constitucional. Pé ante pé...
"Andou a derrubar monumentos de quem combateu o nazismo", mais rápido que a própria sombra foi o responso dos minions, do partido que não é putinista, de plantão às redes assim que se soube que Kaja Kallas tinha sido nomeada chefe da diplomacia Europeia.
Kaja Kallas não andou a derrubar monumentos a soldados da União Soviética, a potência invasora e ocupante em 1940 de um país independente da Rússia desde 1918, após o pacto Ribbentrop-Molotov, em 1939 a dividir a Europa em esferas de influência entre a URSS e a Alemanha, a tal dos nazis.
Kaja Kallas não andou a derrubar monumentos a soldados da potência ocupante que entre 1940 e 1941 assassinou e deportou os líderes políticos do país para o Gulag em regiões remotas da União Soviética, assim como milhares de cidadãos anónimos cujo único pecado foi querem a independência do seu país.
Kaja Kallas não andou a derrubar monumentos a soldados da potência ocupante que integrou à força no Exército Vermelho milhares de jovens estonianos, assim como Kaja Kallas não andou andou a derrubar monumentos a soldados da potência ocupante que pelas mãos da polícia política - NKVD, depois KGB, executou sumariamente os presos políticos do país.
Não, Kaja Kallas "andou a derrubar monumentos de quem combateu o nazismo" o que em pecepêz significa que Kaja Kallas é no mínimo nazi. Pior que isto só os azoves na Ucrânia que, quais salazarinhos, querem Goa independente da Índia.
Um país de serviços era o desígnio para Portugal. Vai daí pagou-se para abater frota pesqueira - os camaradas espanhóis pagaram para renovar e construir, pagou-se para votar terras ao abandono - os camaradas espanhóis pagaram para inovar, pagou-se para arrancar - os camaradas espanhóis pagaram para plantar, e ainda vieram ao lado de cá, que é o nosso, comprar ao preço da uva mijona as terras que tinham sido votadas ao abandono; nada se fez para atrair investimento na industria e ainda menos se fez para reter a que por cá havia. Betão e alcatrão, arrancar carril, desinvestir na ferrovia, deixar degradar material circulante - os camaradas espanhóis....pois. Serviços aqui vamos nós. Agora parece que são precisas "políticas públicas correctas" e um aumento da produção interna. Cara de pau e uma grande lata, isso não é preciso. Cavaco vende jornais? Cavaco atrai leitores ao online pago? Alguém ouve Cavaco? Ou isto enquadra-se na caridade cristã de continuar a dar voz a uma amigo, tipo o Conselho de Ministros a que Salazar presidia depois de ter caído da cadeira? Afinal, Cavaco está a subir ou a descer o coqueiro?
Numa primeira página, quiçá a melhor manchete do ano até agora, resume-se o que foi o jogo recorrendo ao humor. Noutra primeira página atira-se a culpa da derrota para cima de um miúdo de 20 anos, deixando de fora o treinador e as suas opções, desde a convocatória em Lisboa. Uma primeira página é jornalismo, a outra é uma merda qualquer mas jornalismo não é de certeza.
Entre 1750 e 1850 ficámos sem o ouro do Brasil, tivemos um terramoto que mexeu com a Europa, tivemos as invasões napoleónicas, tivemos uma uma guerra civil, para não referir o fim da escravatura por decreto. Se calhar esta queda do PIB é por causa do socialismo. Estes gajos são estúpidos ou gozam com o pagode?
Assange, o da liberdade de expressão, pelos do partido único e do pensamento único pelos media controlados pelo partido. Assange, o desmascarador do império 'amaricano' no Iraque, pela esquerda que não vê diferença de por aí além entre Hilary Clinton e Donald Trump, tudo 'amaricanos'. Assange, a mão atrás do arbusto na eleição de Trump, o 'amaricano' inimigo da civilização e da democracia. O tempo de uns já passou, o de Assange e o dos outros, o do outro, o que não faz grande diferença de por aí além com a Hilary, esse continua. Há uma "esquerda" que nunca falha, o Assange é só um pretexto.
O taberneiro pode insultar toda a gente, o taberneiro pode levantar falsos testemunhos, o taberneiro pode mentir com quantos dentes tem na boca [porque estamos na era do pós-verdade], o taberneiro pode dizer coisas e a seguir dizer que nós não o ouvimos dizer aquilo que disse, o taberneiro pode dizer tudo isso e o mais que lhe aprouver, mas ninguém pode dizer nada ao taberneiro, ninguém pode apontar nada ao taberneiro, ninguém pode dizer "o senhor diz e faz exactamente o contrário daquilo que diz quando está ao balcão da taberna" porque isso entra na categoria de ataque a um deputado eleito por um partido com assento parlamentar na casa da democracia, coitada da democracia.
A Rússia pode invadir um Estado soberano, porque sim, porque aquilo é tudo União Soviética, e "por causa da intensificação da escalada belicista dos Estados Unidos, da NATO e da União Europeia"; a Rússia pode bombardear áreas residenciais, infantários, escolas e hospitais, porque aquilo estava tudo pejado de azoves, como reportou o excelentíssimo militante do PCP jornalista tuga, que viu e fotografou uma bandeira nazi e um exemplar do Mein Kampf em todas as casa onde em que entrou no Donbass, e que continua a ver mesmo sem lá estar; a Rússia pode fazer isso tudo e ainda ameaçar os vizinhos da Ucrânia com uma invasão e o resto do mundo com uma guerra nuclear; a Ucrânia não pode efectuar ataques cirúrgicos em território ucraniano ocupado pela Rússia - Donbass e Crimeia, por causa da morte de civis inocentes e porque isso é o envolvimento da Ocidente, da União Europeia, da NATO, e dos Estados Unidos, não necessariamente por esta ordem, no ataque a um estado soberano, a Rússia.
A Rússia financia partidos que se sentam no Parlamento Europeu ao lado do partido do taberneiro. O Partido Comunista da URSS Rússia apoia a política de Putin contra a Ucrânia e o resto do mundo. O Partido Comunista Português não é putinista.