"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"Eles nem pensem que se ficam a rir porque ainda vai voltar tudo às minhas mãos e depois vão ver o que é bom, eheh". Isto é um Presidente, uma criança de cabelos brancos a ameaçar o Governo em directo pelas televisões, publicamente a mandar recados e indirectas sobre assuntos de tratamento privado com um sorriso trocista nos beiços? O sentido de Estado e a dignidade das instituições do candidato eleito de António Costa e de Ferro Rodrigues onde é que ficou?
É isso camarada, menos armas, menos munições, menos destruição, mais uma república, ficavam a faltar 13 para ser outra vez a URSS [a Bielorrússia já está integrada], e a Carta das Nações Unidas mais a Acta de Helsínquia é o fumo que que a gente sopra para os olhos de gente que não sabe o que diz a Carta das Nações Unidas nem a Acta de Helsínquia, nem se preocupa em procurar saber, com os pés de microfone à cabeça, a famosa "comunicação social a soldo do grande capital".
Andaram anos a fio a vender-nos que o futuro de Portugal passava pelos serviços e pelo turismo e depois, quando o turismo chegou, até tinha inventor, chamava-se Paulo de Sacadura Cabral Portas, e quando o turismo entrou em velocidade de cruzeiro até tinha dono, chamava-se Adolfo Miguel Baptista Mesquita Nunes, para agora andarem os mesmos, aflitos a berrar, que Portugal está cada vez mais dependente do turismo e isso não é nada bom, mesmo nada bom. E agora podemos colocar isto pelo lado da fraca memória, ou pelo lado da obediência à agenda politíca, por quem não recua uns anos na linha de tempo e confronta os actores políticos da altura "então mas vossa excelência, o turismo e tal", alguns com ambições políticas na actualidade. Não ter a puta da vergonha na cara é isto.