"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O que resta do CDS beato foi ao Beato ver como param as modas para o picnicão do Vaticano que vai acontecer em Agosto e, para o uso que lhe aprouver, ofereceu à organização do evento a sede do partido, propriedade do Patriarcado de Lisboa, que por quebra de receitas que lhe permitam pagar a renda já foi alvo de OPA pela outra metade do antigo CDS, os matacões e matarruanos do Chaga...
É espantoso verificar que alguns dos meus amigos mais afetos às "direitas", mas que até são inteligentes e moralmente superiores, se vejam (condicionados que estão por uma propaganda poderosíssima mas mentirosa e pela sua natural fidelidade a anteriores aliados) obrigados a aceitar como companheiros de carteira os ex-maoístas (p. ex. Barroso, Ana Gomes e Telo), os LGBTQs e pedófilos (muitos do PS, IL e PSD), as meninas do "bloco", os "animalistas", "satanistas", etc., não percebendo que o seu anticomunismo os leva a oporem-se a um homem que, de comunista, nada tem e que, precisamente combate esses extremismos e liberalismos perniciosos que minam a sociedade ocidental e vão fazer com que esta se desmorone.
É o meu dever, como patriota que penso ser e em prol dos meus filhos, netos e bisneta, continuar a alertar para as verdades e factos que vou conhecendo, analisar as diferentes vertentes e possibilidades e dar o meu parecer.
E exorto todos a que procurem ter uma visão isenta e bem fundamentada do que ocorre, antes de darem o vosso apoio ao regime de um bufão drogado, demente e nazi e obviamente que não me refiro ao povo ucraniano que deve continuar a ser ajudado (no qual englobo os habitantes do Donbass).
Passar bem…!
Excerto da prosa do Major-General Raúl Cunha no Facebook
Meloni contra o Banco Central Europeu. Fez hoje o pleno na imprensa escrita italiana, só falhou nos desportivos. Tinha de começar por algum lado, começou pela extrema-direita, que é um problema menor com que a Europa se debate. Uma medalha para madame Lagarde.
Um "português de bem", eleito deputado da Nação, passa 90 minutos de um jogo de futebol a fazer batota e, não contente com isso, agride o juiz da partida na frente de toda a gente para depois de o caso vir a público meter o rabo entre as pernas, não abrir a boca, fechar-se em copas e deixar o contraditório, a "defesa da honra", do "bom nome", a cargo de alguém que não esteve lá, não presenciou, fala de cor, o líder da agremiação a que paga as quotas. Se levasse a mesma dose de outrem do seu tamanho vinha de imediato invocar o estatuto de deputado para avançar judicialmente contra o "meliante", o "difamador", tal e qual camaradas seus que vão para a justiça assim que apodados de fascistas. Agora imaginem esta gente no poder, em cargos de governação.
Estiveram os dois, Costa de gravata cinzenta, Marcelo de gravata preta, na inauguração do memorial aos mortos de Pedrogão. Nas televisões com cara de caso e com conversa de ir ao cu. As imagens do eucaliptal cerrado, qual floresta da Guiné ou do Vietname onde nem a tropa especial consegue entrar, pior que antes do famigerado incêndio, nem vê-las. A seguir passa a reportagem de Costa em Mação, antes de chegar a Pedrogão, "já que estão aqui [as televisões] permitam-me que mostre" e aponta para um pinhal novinho em folha, sem réstia de mato, enfileiradinho qual batalhão de bombeiros na formatura à espera da revista. O desordenamento do território, a inexistência de um ministério da floresta ou coisa que o valha, o interior do país subordinado á agenda das celuloses, o lucro fácil do deixar crescer, o abamdono da agricultura e silvicultura tradicional, a desertificação, o falhanço do Estado, tudo continua em su sitio à espera da próxima ignição. Da última vez um tanque da aldeia da roupa branca dos idos do Estado Novo, baratinho, salvou 12 pessoas do churrasco, agora temos o matacão milionário do Souto Moura, deve dar pelos menos para salvar aldeia e meia.
Vai grande alvoroço entre os minions do partido Z de plantão às redes perante a possibilidade das eleições presidenciais na Ucrânia ficarem em stand by até ao final da guerra, a prova provada de que o senhor José Lensky é um fascista, um ditador da pior espécie. Os mesmos minions que enalteceram o resultado dos referendos nas repúblicas dos russos dos sudetas - Lugansk e Donetsk, duas semanas depois da ocupação russa, com a população em fuga das bombas de Putin e com os que ficaram a votarem em urnas ambulantes, com o boletim de voto preenchido à porta de casa na frente do "presidente da mesa" escoltado por uma patrulha de soldados Z de AK-47 em punho, e cujo resultado ditaria a anexação pela Rússia, a Rússia onde o presidente se eterniza no poder e os adversários políticos, que não caem da varanda ou cortam a jugular por acidente enquanto fazem a barba pela manhã, apodrecem 30 e mais anos na cadeia caso sobrevivam a um misterioso envenenamento por Polónio 210. Deve ser isto que os editoriais das quintas-feiras no sítio do costume classificam como "uma democracia avançada para o séc. XXI".
Os nómadas ignoravam fronteiras e andavam com o gado de pastagem em pastagem até a esgotarem, por oposição aos sedentários que se dedicavam à agricultura e à pecuária. São conceitos que ainda se aprendem na escola. E perceber esta diferença faz toda a diferença para perceber o esgotamento da pastagem de Lisboa, para os que estão e para os que passam.
O que esta palhaçada do Prigocoise mostrou ao mundo foi o maior bluff militar de todos os tempos que dá pelo nome de Forças Armadas da Rússia, Exército Vermelho na cabeça dos minions do partido Z e no imaginário do povo russo, de que se vale Putin uma vez por ano, dependente de um bando de mercenários para não sair do mesmo sítio durante ano e meio. Um exército, sem marinha e sem força aérea, armado e municiado pelo Ocidente, que ainda não meteu um único homem no terreno, excepto no QAnon do PzP, travou o fantabulástico exército russo e uma palhaçada chamada Kadirov, que mete medo a quem o quiser ter. A Rússia só vai sobrevivendo na Ucrânia pela ameaça nuclear, porque como cantava o Sting, nós não sabemos "if the russians love their children too". O neto do cozinheiro de Estaline é a maior tragédia do séc. XXI, e ainda só vamos em 2023.
A woman walks past fighters of Wagner private mercenary group on a street near the headquarters of the Southern Military District in the city of Rostov-on-Don, Russia, June 24. Reuters/ Stringer
O que é mais ridículo, Costa a fazer-se de sonso acerca de uma sua hipotética carreira europeia, ou Marcelo, sem noção, a pensar que tem uma palavra a dizer na hipotética carreira europeia de Costa?