"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Local resident Vladimir Kotenev, 66, sits on a chair in a room of his house heavily damaged by recent shelling in the course of Russia-Ukraine conflict in Donetsk, Russian-controlled Ukraine. Reuters/ Alexander Ermochenko
Duas novas localizações em cima da mesa para o novo aeroporto, que é "de Lisboa": Pegões e Poceirão, concelhos do Montijo e Palmela, respectivamente. E lá foram as televisões todas a correr reouvir Carlos Moedas dizer as mesmas coisas que já ninguém ouve mas dos verbos de encher Nuno Canta e Álvaro Amaro ninguém se lembrou. Centralismo doentio.
Diz que o sistema político está velho e cansado, os protagonistas são velhos, subentende-se, porque não se percebe como é que um sistema novo, povoado por novos, não vai filmar e publicar uma conversa privada, deliberadamente mal legendada [maturidade por integridade] para direccionar indignações. Isto é-nos dito por aqueles que passam a vida a dizer-nos que temos de trabalhar, trabalhar, trabalhar, manter uma vida activa, o trabalho liberta, opsss, trabalhar até sempre, porque a esperança de vida aumentou e coise. A esperança de vida aumentou só para trabalhar, trabalhar, trabalhar, coisas da política é mandar os velhos... trabalhar, e deixar isso por conta dos novos, eles é que sabem bué, quando devíamos estar gratos aos velhos, como os que aparecem no clip com as legendas manipuladas, que continuam na política activa, pela forma didáctica como passam a informação e a memória, do que foi o fascismo, a ideologia dos velhos, mesmo que em idade para irem à tropa. A ausência de memória é pasto para os totalitarismos.
O grau zero da política é um gajo, doutor gajo, querer ser primeiro-ministro e não perceber o funcionamento do sistema parlamentar constitucional, ou um gajo, doutor gajo, querer sem primeiro-ministro e equivaler partidos fascistas, xenófobos e racistas, a partidos que reivindicam melhores salários, melhores pensões e reformas, mais saúde e educação, mais Estado social? [Ou ambas].
A comunicação social que a um demagogo populista, líder de uma agremiação que alberga fascistas, racistas e neo nazis, dá mais protagonismo e tempo de antena que ao líder do maior partido da oposição, é a comunicação social que é suprimida assim que o poder for tomado pela via eleitoral, como já acontece no seio da União Europeia - Hungria e Polónia. Se calhar era por aqui que se devia começar, com Luís Montenegro à cabeça.
Por duas vezes a bancada do PCP ficou imóvel e muda enquanto o Parlamento aplaudia, primeiro Augusto Santos Silva, depois Lula da Silva, na condenação da invasão russa da Ucrânia. O PCP só quer a PaZ! A PaZ! a PaZ!
A Transparência Internacional acusa Bolsonaro de criar o “maior esquema de corrupção institucionalizada” no Brasil, vai daí o Ventas convida o mal-formado para Portugal e manda metade da bancada do Chaga para o Parlamento, de cartazes na mão xingar Lula, a outra metade de bandeira na Ucrânia para ver se a gente se esquece de que quando o energúmeno chegar também chegam Le Pen e Salvini, os amigos do Ventas financiados por Putin.