"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Independentemente de quem mentiu a quem, a verdade é que o Governo do partido que recusa reverter o tempo de trabalho a contar e o montante a pagar, em indemnização por despedimento, introduzido em código de trabalho pelo governo da troika, é o partido do Governo que compactua com milhões, de mão beijada, para militantes, amigos e conhecidos, em empresas intervencionadas com o dinheiro contribuinte, em processo de despedimentos e redução salarial. Desde Stéphanie Silva, também conhecida como "a mulher de Fernando Medina" à anónima Alexandra Reis. E a verdade é que estas Stéphanies e Alexandras da vidinha política saltitona entre as empresas públicas, ou privadas, e o Estado, antes de haver escrutínio público, ainda que mínimo e incipiente, a que agora chamam populismo, no final de tudo isto passado o que tinham era currículo. Trabalhou aqui, trabalhou ali, um[a] gestora de excelência. Agora a maneira de ver a coisa mudou, são trafulhas, oportunistas, videirinhos, pantomineiros, e o mais que o povo anónimo comenta nas ruas. As chamadas "forças radicais e minoritárias" que perderam as eleições, como Marcelo desrespeitosa e insultuosamente classificou a recepção com que foi brindado em Murça, habituado que está à lente do telemóvel para foto e ao abanar de rabo acéfalo. O Partido Socialista, o maior amigo do Ventas e do Chaga, como o alegado líder do PSD diz, ainda que por razões opostas.
This aerial photograph taken on September 19, 2022, shows the US - Mexico border wall cutting across a hill in the desert, near San Luis Rio Colorado, Mexico. Guillermo Arias/ AFP
"Passos Coelho já parece ter definido o perfil do candidato que irá apoiar nas próximas eleições presidenciais e que consta na moção que levará ao XXXV Congresso do PSD."
Ukrainian territorial defence member Leonid Onyshchenko, 63-year-old, speaks to his family during a festive Christmas dinner, as Russia's attack on Ukraine continues, in Kostiantynivka, Ukraine. Reuters/ Clodagh Kilcoyne
O tempo em que, por sua livre e espontânea vontade, sair de uma empresa para ir desta para melhor, a empresa, do outro lado da rua, antes de terminar o contrato, arriscava indemnizar a empresa e não receber a ponta de um chavelho que fosse.
O jornal do militante n.º 1 insistir nas latas de atum cadeadas, que não foi mais que estratégia de marca, já não é mau jornalismo, nem sequer burrice de quem foi apanhado de calças na mão há dois meses, é campanha, ou agit-prop, como dantes se dizia.
Volodymyr Zelensky, um mestre da comunicação no séc. XXI como já não pensávamos ser possível depois de tudo o que se tinha visto no séc. XX, conseguiu ter quase tantas primeiras páginas a nível global [sequência, não exaustiva] quantas as de Leonel Messi um dia depois de ser campeão do mundo [sequência, também não exaustiva]. Chapéu.
[Imagem "Books! Across All Branches of Knowledge", Alexander Rodchenko,1924]