"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Vitória da civilização sobre a barbárie, dia triste para o neo-fascismo e sobretudo ilusionistas liberais, sonsos, que na vergonha de se declararem bolsominions não sabiam escolher entre um democrata e um fascista.
A verdade é que todo o badameco, mais anónimo, menos anónimo, preso e acusado de corrupção, e que alega ter vivido toda a sua vidinha com os frutos do seu honesto trabalho, tem dinheiro para contratar o advogado mais caro do país logo no minuto seguinte. É o que se vê na televisão.
Odin, a dog who lives with Ukrainian servicemen at their position on a frontline, lies next to AK-74 assault rifle in Mykolaiv region, Ukraine October 21, 2022. Reuters/ Valentyn Ogirenko
Paulo Rangel tem um problema grave, e aparentemente sem solução: a ideia de democracia e de debate político, desde os idos da "claustrofobia democrática" até ao actual "bullying democrático", com o intermezzo Órban como companheiro de secretária no Parlamento Europeu.
Paulo Rangel tem demasiada exposição mediática para aquilo que vale. Paulo Rangel tem protagonismo acima das suas possibilidades.
António Costa, e aquele que só é ministro das Finanças por ter perdido a câmara de Lisboa pelo voto popular, invocarem no Parlamento, e em todas as ocasiões com câmara de televisão por perto que lhes pareçam propicias, o acordo alcançado na câmara corporativa concertação social com a UGT para legitimar o Orçamento do Estado, pensam que atiram areia para os olhos do pagode mas acabam a fazer figura de impostores, por terem a perfeita noção de que o acordo não vale absolutamente nada, por a UGT ter zero implantação no terreno, no mundo laboral, como se o invocado acordo livrasse o país da contestação e da onda de greves que aí vem, como se tivesse comprado a paz social na administração pública.
"É básico, não é?" que se o Governo taxasse os bens alimentares essenciais a 0% ia aumentar ainda mais a margem de lucro dos patrões e accionistas, tal e qual a lengalenga do Ilusão Liberal com o imposto sobre os produtos petrolíferos, ninguém deu por nada. É básico e o CDS sabe. Mas as preocupações do CDS nunca foram com o consumidor final, naquela faixa que mais sofre com a inflação e com o aumento do custo de vida.
Sendo que a imensa maioria dos seguidores do imbecil são tão ou mais imbecis que ele, no sentido da burrice e da falta de cultura, que não fazem a ponta de um corno de ideia do que é o anti-semitismo, ser anti-semita, o que foi o século XX judeu na Europa até final da II Guerra Mundial, o que leva uma marca como a Adidas, primeiro a assinar com o imbecil, depois a mantê-lo durante anos sem questionar a saúde mental do contratado - posições sobre racismo, religião, ensino, para por fim cancelar o contrato, depois do imbecil fazer mais uma vez o papel de idiota útil de bandos neo-nazis? É a marca que carrega o imbecil ou é o imbecil que carrega a marca? Esta é outra dimensão que escapou a Naomi Klein quando escreveu "No Logo, o poder das marcas".