Relatório e Contas. Resumo da Semana
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Lighting a cigarette, location unknow, 1950
Jack Sharp
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A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas, e com direito a veto, bombardeia Kyiv, a cidade onde nesse preciso momento se encontrava o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, com conhecimento da Rússia. Um dia como outro qualquer na boa fé de Putin.
[Imagem de Chris Steele-Perkins]
Ukrainians wait for a food distribution organized by the Red Cross in Bucha, on April 18, 2022. Emilio Morenatti/ AP
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Quando Lenine, a 26 de Outubro de 1917, se dirigiu ao Congresso dos Sovietes para ler o Decreto da Paz, a declaração unilateral de paz que na prática não punha fim à I Guerra Mundial mas antes era uma "incitação à revolta popular, chamando os povos das nações beligerantes para se voltarem contra a guerra, forçando os seus governantes a conversações que pusessem fim ao conflito" proclamou "esperamos que a revolução irrompa em todos os países envolvidos nos conflitos; eis por que nos dirigimos aos trabalhadores da França, da Inglaterra e da Alemanha", com isto inaugurou o que se "tornaria conhecido na política externa soviética como “diplomacia demonstrativa" – aquela cuja intenção não é promover acordos entre governos nacionais que se reconhecem mutuamente, segundo os cânones da lei internacional, mas sim "colocar obstáculos a outros governos e estimular a oposição no seio das nações" [entre aspas Orlando Figes, A Tragédia de Um Povo, editora D. Quixote, 2017], que nos 70s e 80s atingiria a sua expressão máxima com as manifs pacifistas por toda a Europa, no caso específico de Portugal com os concelhos "livres de armas nucleares", os "conselhos para a paz e cooperação", as "associações de amizade" Portugal – URSS e países do bloco soviético, tudo unido numa frente pela paz e para a desmilitarização e desarmamento do… Ocidente, e a reedição de 2022 com os abaixo-assinados, crónicas nos jornais, comentariado nas televisões, pela paz e deposição das armas... ucranianas, "contra a censura" e o "pensamento único dominante", por quem é principescamente pago para escrever e comentar, com uma quantidade de figurantes anónimos úteis a reboque. Em cento e poucos anos nada mudou.
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Desde o início da invasão que vemos a Rússia na dianteira dos acontecimentos, sempre a marcar a agenda. Agora admite lançar ataques fora da Ucrânia, e a União Europeia, os Estados Unidos e a NATO assistem e respondem [?], sem iniciativa ou laivo de antecipação que inverta o rumo dos acontecimentos.
[Link na imagem "People pose for a picture in front of the debris of Russian military machinery destroyed during Russia's invasion of Ukraine, in the village of Rusaniv, Kyiv region, Ukraine April 25, 2022". Reuters/ Vladyslav Musiienko]
Primeiro Putin insinuou a resposta nuclear caso a NATO fosse em socorro da Ucrânia, depois Peskov, porta-voz do Kremlin, apareceu a falar em devastação nunca vista no continente europeu em caso de interferência de terceiros no conflito, ontem o ministro dos Estrangeiros russo, Lavrov, vem com o perigo real de uma III Guerra Mundial. Depois de milhares de mortos e de milhões de refugiados na Ucrânia, da destruição do país - de escolas a hospitais, passando infantários, bairros habitacionais, fábricas, cidades inteiras arrasadas, mais os crimes de guerra contra civis e a violação como arma. No entretanto a imprensa russa vai preparando a opinião pública para uma nova frente, uma 5.ª Coluna na Gagaúzia invocada por um general moldavos e "a Roménia não poderá ajudar a Moldávia no momento certo, pois é um país da OTAN e sua participação em uma operação fora da aliança significará o início de uma terceira guerra mundial". Até quando Putin vai avançar na reconstrução do império soviético, escudado na estratégia do medo, perante a passividade da NATO e dos Estados Unidos, é a questão que se coloca.
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"A tentativa de imposição do pensamento único, o levantamento de novas censuras, de quem emite opinião divergente […] são perigosos elementos de ataque ao regime democrático" por quem ainda ontem celebrou o nascimento de Lenine, o que instituiu a polícia política e mandou assassinar camaradas de partido, mesmo os mais chegados, do exílio, e de quem chora todos os anos nas páginas do Avante! o fim da União Soviética do Arquipélago de Gulag.
[Imagem de autor desconhecido]
A contar de agora são 5 os anos que faltam para aparecer um candidato democrata capaz de impedir a vitória da extrema-direita não próximas eleições presidenciais. Cinco anos.
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[Provavelmente o graffiti mais antigo da cidade de Setúbal, desde o dia 26 de Abril de 1974 na parede da antiga conserveira 1.º de Março à Rua Camilo Castelo Branco]
Helena stands next to her belongings after arriving from Mariupol at a refugee center in Zaporizhzhia, Ukraine, Thursday, April 21, 2022, after fleeing from the Russian attacks. AP Photo/ Leo Correa
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Sign O' The Times, Capítulo CCXXVIII