Da série "Grandes Primeiras Páginas"
A primeira página da eslovena Objektiv a revelar-se quando se abre a revista e se vê o trajecto do prego que segura o quadro de Putin à parede.
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A primeira página da eslovena Objektiv a revelar-se quando se abre a revista e se vê o trajecto do prego que segura o quadro de Putin à parede.
Esta sequência de 22 tweets por Toby Venables, traduzidas com recurso ao tradutor do Twitter para melhor compreensão dos menos fluentes em inglês:
- Todos nós já vimos as referências bizarras de Putin à 'desnazificação' do governo da Ucrânia. Há lguns dias, em resposta, eu twittei 'A desnazificação começa em casa'. Mas isso não era apenas uma retórica vazia de 'o mesmo de volta'. É hora de falarmos sobre o conselheiro de Putin, Aleksandr Dugin.
- Este é Dugin [foto]. Ele foi chamado de 'Rasputin de Putin', e não apenas por causa da barba. Ele escreveu a cartilha literal que moldou a política externa de Putin. Em essência, é o Mein Kampf de Putin; tudo exposto anos antes em preto e branco para todos verem.
- Primeiro, um pouco sobre o próprio Dugin. Além de aconselhar os membros da Duma e Putin, foi membro fundador do Partido Nacional Bolchevique, da Frente Nacional Bolchevique e do Partido da Eurásia.
- Este é o símbolo do Partido Nacional Bolchevique. O seu slogan é: 'A Rússia é tudo, o resto não é nada!'
- E este é o símbolo do Nacional Bolchevismo, desenhado pelo próprio Dugin. Os pontos de referência são claros. Nos seus escritos ele expressou admiração pela Waffen SS e diz que procura estabelecer um "fascismo fascista radicalmente revolucionário e consistente" na Rússia.
- Ele acredita que a internet deveria ser banida e disse que a química e a física são ciências demoníacas.
- Dugin também fundou a Eurásia Youth Union, que realizou actos de vandalismo em monumentos nacionais ucranianos. Tanto o movimento quanto o próprio Dugin foram banidos da Ucrânia.
- Se o termo 'Eurásia' soa familiar, talvez seja porque o encontrará em 1984, de Orwell. Para Dugin, no entanto, esse romance distópico não é um aviso - é um modelo a ser aspirado.
- Não surpreendentemente para um velho filósofo soviético, talvez, Dugin seja anticapitalista. Ele também é antiliberal, antidemocrático, pró-ditadura. Para ele, Stalin, não Lenin, é o grande herói ideológico.
- Como Putin, ele acredita que a dissolução da União Soviética foi um desastre. Através dos seus escritos ele propõe o restabelecimento do império da era soviética, e além - "Grande Rússia" - pela força.
- Em 2008, quando Putin invadiu a Geórgia (usando estratégia política e militar quase idêntica à que estamos vendo agora), Dugin o exortou a manter o impulso atacando a Ucrânia.
- Dugin também é um herói e uma inspiração para a extrema-direita ocidental. Os supremacistas brancos e líderes da alt-right em Charlottesville idolatram-no.
- Em 2008, ele conheceu e conversou com o conselheiro de Trump e activista de extrema-direita Steve Bannon. Se já se interrogou por que Trump foi brando com Putin, não se pergunte mais.
- Dugin escreveu mais de 30 livros, mas de longe o mais significativo é Foundations of Geopolitics de 1997. Tem sido usado pela Academia do Estado-Maior do exército russo. Também foi recomendado que seja ensinado nas escolas russas.
- Fundamentos da Geopolítica estabelece objectivos muito específicos para estabelecer a “Grande Rússia”. Por exemplo, defende o corte político do Reino Unido do resto da Europa. Isso foi alcançado. [Brexit]
- Defende a desestabilização do Ocidente por meio da desinformação e da subversão. Isso está em andamento há muito tempo sob a liderança de Putin.
- Defende o uso da dependência do Ocidente do petróleo e do gás russos para exercer pressão. Esta tem sido uma preocupação há anos e, sem dúvida, está dificultando as sanções.
- Defende que a Ucrânia deve ser anexada e todos os vestígios de identidade nacional apagados. Isso está sendo tentado agora.
- Não termina aí. Dugin defende trazer a maior parte da Europa para a Rússia de alguma maneira, incluindo não apenas candidatos óbvios como Ucrânia, Letónia, Lituânia e Estónia, mas também Finlândia, Roménia, Macedónia do Norte, Sérvia, "Bósnia Sérvia" e Grécia.
- Há uma citação muitas vezes (erroneamente) atribuída a Goebbels: 'Acuse o outro lado daquilo de que você é culpado'. É, no entanto, uma táctica comum dentro da extrema-direita - uma usada repetidas vezes por Trump ('Notícias falsas!').
- Também explica todas as acusações de Putin em relação à Ucrânia - neonazismo, ameaças à segurança, subversão, suposto expansionismo... Tudo isso descreve com precisão as próprias acções e motivações de Putin.
- E o que tudo isso deixa claro é que, se não for impedido, Putin não vai parar na Ucrânia, assim como Hitler não parou na Áustria, na Checoslováquia ou na Polónia.
[Via]
Dois dias antes da invasão russa, Guenadi Ziuganov, secretário-geral do Partido Comunista da Federação Russa, denunciava na sua conta Twitter que Vladimir Putin, a pretexto da questão com a Ucrânia, tinha ordenado a prisão de militantes comunistas:
Tradução via Google: "Quero mais uma vez declarar oficialmente: para alcançar a coesão social, é necessário parar a “caça às bruxas”! Mas, apesar disso, as prisões de nossos camaradas continuam em todo o país. Esta é uma política estúpida, absolutamente aventureira, perseguida por anticomunistas e anti-soviéticos!"
Dois dias depois, dia do início da invasão Russa à Ucrânia, o PCP faz um comunicado miserável onde a invasão é "uma operação militar de grande envergadura", a mesma prosápia de Lavrov, ministro da propaganda de Putin, onde se pede "uma solução para o conflito na Ucrânia", como se não fosse uma guerra declarada unilateralmente pela Rússia, onde a culpa é atribuída ao "reforço militar ofensivo junto às fronteiras da Rússia", e do "regime xenófobo e belicista, cuja violenta acção é responsável pelo agravamento de fracturas e divisões" passando ao lado da Rússia belicista que fomenta guerra desde a Geórgia à Crimeia passando pela Síria, mandar assassinar opositores fora de portas, em solo estrangeiro, manipula eleições em estados soberanos, patrocina a divisão europeia através do financiamento da campanha Brexit e do apoio a toda a extrema direita nazi-fascista na Europa. Até agora cinco - 5 - cinco comunicados sem que a palavra invasão apareça escrita nem que seja dito sem equívocos que "o PCP condena a agressão Russa ao povo da Ucrânia", mas pronto, a "Rússia é um país capitalista com uma concepção de classe oposta à do PCP", ninguém diria, e que são lamentáveis "as declarações de Putin desta semana que constituem uma grosseira deformação da notável solução que a União Soviética encontrou para a questão das nacionalidades e o respeito pelos povos e suas culturas" mesmo que a solução passasse por deslocar populações inteiras milhares de quilómetros de uma ponta para a outra do império, e subjugar pela fome as que se lhe opunham.
O PCP sempre do lado certo da história.
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Sign O' The Times, Capítulo CCXX
Este fim-de-semana foi assim.
Life During Wartime ~ Talking Heads
[7" vinyl]
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Napoli, 1980
Gil Rigoulet
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A "desnazificação da Ucrânia" pelas mãos de quem interferiu nas eleições americanas para dar vantagem a Trump, manipulou na campanha do Brexit para meter a Inglaterra fora da União Europeia - separar para enfraquecer, financia toda a extrema-direita em solo europeu, de Marine Le Pen a Matteo Salvini, passando por Frauke Petry da alemã AfD ou pelo inglês BNP e o austríaco FPO.
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Vladimir Putin lança as tropas russas contra a Ucrânia, no maior ataque militar em solo europeu de um Estado soberano a outro desde a II Guerra, enquanto insinua uma resposta nuclear caso a Europa intervenha no conflito, recebendo como resposta a condenação geral e apoio sem entraves ao governo e ao povo ucraniano, e depois o PCP "por causa da NATO", "por causa do imperialismo 'amaricano'", "por causa da União Europeia", "por causa dos nazis", por causa de rebéubéu pardais ao ninho, nenhuma condenação clara da agressão.
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у меня сегодня свадьба. в этот день.
могу сказать только:
make love, not war.
Tradução:
tenho um casamento hoje. neste dia.
só posso dizer:
make love, not war.
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André Ventura, líder do Chega, foi definitivamente expulso do Twitter após três suspensões, ao longo do último ano, e de um período em que esteve impossibilitado de publicar durante 12 horas. A rede social decidiu que a conta “não será restabelecida” por ter violado as regras de conduta.
[Na imagem print screen de um tweet do indivíduo agora expulso]