"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Marcelo Rebelo de Sousa, que conspirou e tomou partido para mudar a liderança do PSD e que já tinha o Parlamento dissolvido na cabeça ainda antes do chumbo do Orçamento de Estado, vê-se relegado para o papel de rainha de Inglaterra, uma tortura para o intriguista-mor da Nação, que saltita de telejornal em telejornal a cada 10 minutos para falar de tudo e mais um par de botas, sem capacidade de influenciar a governação de um António Costa sem a desculpa dos parceiros de "geringonça" que lhe tolhiam os movimentos.
A woman looks on at her house destroyed by tropical storm Ana at Kanjedza village, in Chikwawa district, southern Malawi, January 26. Reuters/ Eldson Chagara
"Tudo em aberto". O PS com 36% e o PSD com 33%. E António Costa lá atrás, com um sorriso apalermado, a espreitar por cima do ombro de Rui Rio, à frente em grande plano, em pose de estadista.
Lista de países ordenados por escolaridade média da população com mais de 25 anos, os primeiros 91, com Portugal assinalado a vermelho [Dados da ONU de 2018].
Quando os ilusionistas liberais vieram com a lengalenga "ah e tal, até pelos países de leste já fomos ultrapassados", replicada pelo infantil Chicão, acrescentando um país que já não existe - Checoslováquia.
Nestas tracking poll apresentadas como sondagens, e nas sondagens elas próprias, as percentagens são atiradas ao monte para os ecrãs das televisões e entram pela casa das pessoas dentro sem haver uma tradução em número de deputados eleitos por círculo eleitoral, como se de um círculo nacional se tratasse e como se a contagem fosse feita a partir do monte de votos arregimentado. Em quantos deputados se traduzem os "por cento" dos gráficos de barras que metem o Chega e o Ilusão Liberal à frente da CDU e do Bloco de Esquerda, sendo que há partidos que não vão eleger na grande maioria dos círculos e sendo que, por exemplo, nas últimas legislativas a CDU teve 19 000 votos no círculo de Braga, sem eleger qualquer deputado, contra os 3 000 que permitiram eleger João Cotrim de Figueiredo em Lisboa?