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DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

Tão jeitosos que os migrantes são para enfeitar discursos de ocasião

por josé simões, em 02.09.21

 

talho halal.jpg

 

 

Com excepção do Chaga onde a coisa é feita pela negativa, pela exclusão e pelo estigma, o que surpreende nas candidaturas autárquicas da margem sul é a total ausência de comunicação e de propostas para captar as comunidades migrantes para a cousa pública, comunidades que em algumas zonas já são maioritárias. Quem passe um tempos no Seixal, Laranjeiro e Almada apercebe-se da diversidade cultural e civilizacional que faz o Martim Moniz em Lisboa parecer uma Disneylândia. Brasil, África não PALOP, Paquistão, Sri Lanka, Índia, Moldávia, Ucrânia, China etc, etc. No Laranjeiro, por exemplo, há ruas inteiras com vivência[s] de uma só comunidade onde o transeunte que dá nas vistas ao passar, o diferente é o português caucasiano. Desde barbeiros, cabeleireiros, mercearias, churrascarias e talhos halal, frutarias, lojas de roupa, lojas de utilidades várias, pequeno comércio. Um bazar dentro da qasbah. Um mundo. Um mundo que passa ao lado das candidaturas autárquicas que não se inibem de encher a boca com "integração".

 

[Imagen encontrada no Google Maps]

 

 

 

 

In Memoriam

por josé simões, em 02.09.21

 

Mikis Theodorakis.jpg

 

 

Mikis Theodorakis

 

1925 - 2021

 

 

 

 

Gimme Shelter *

por josé simões, em 02.09.21

 

A man takes cover in a bus stop shelter as Hurrica

 

 

A man takes cover in a bus stop shelter as Hurricane Ida begins to make landfall, Sunday, Aug. 29, 2021, in New Orleans, La. AP Photo/ Eric Gay

 

[Link na imagem]

 

               * Oh, a storm is threat'ning
               My very life today
               If I don't get some shelter
               Oh yeah, I'm gonna fade away

 

 

 

 

Greetings from Kabul

por josé simões, em 01.09.21

 

Khalil Haqqani à la mosquée Pul-i-Khishti à Kab

 

 

[Link na imagem]

 

 

 

 

O partido novo da gente velha

por josé simões, em 01.09.21

 

IL-STB.jpg

 

 

Diz o candidato do Ilusão Liberal à câmara de Setúbal no Diário de Notícias de hoje que "em 47 anos foi só perder". Fazendo uma contas rápidas de cabeça: 2021 - 47 = 1974, o ano do 25 de Abril, e conclui-se que ele "Chega" ao tempo em que o presidente da câmara era nomeado pelo poder central fascista, o tempo em que a família valia na cidade pelo nome, em que não havia cá chatices com eleições e democracias. "Nos anos 70, éramos a terceira cidade do país". Cercada de bairros de lata por todos os lados, excepto pelo lado do rio, onde estavam os pés descalços que iam ao mar quando fazia bom tempo, 4.ª classe para os filhos e ala deitar rede ou aprender um ofício, que davam as mulheres às fábricas de conservas e divertiam-se a falar de bola nas centenas de tabernas que floresciam na cidade e, quando o paizinho do nome de família passava na rua, tiravam o boné, faziam uma vénia e diziam "bom dia sô tôr", que o respeitinho, que era muito bonito, perdeu-se todo com a merda do 25 de Abril, que a escumalha agora até tem canudo e não se inibe de opinar sobre a cousa pública. O partido novo da gente velha ou o novo partido da velha gente, vai dar no mesmo.

 

[A imagem é minha, propositadamente descolorida]

 

 

 

 

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