"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
No tempo do Facebook, do Instagram, do Twitter, do WhatsApp, da CCTV, do reconhecimento facial, da Via Verde, do Multibanco, da factura electrónica, do raio x no aeroporto de Total Recall com Schwarzenegger, dos ácaros de Estado em e-mails privados, no tempo do algoritmo, só possíveis por causa do capitalismo e da livre iniciativa individual, como os liberais não se cansam nunca de repetir, querer meter Orwell e 1984 numa qualquer distopia "totalitária comunista" é assim a modos que... imbecil, não tivesse a discussão chegado ao Parler, território de teorias da conspiração diversas, da QAnon, do "marxismo cultural" financiado por Soros, das vacinas pagas por Bill Gates e inoculadas para geolocalizar e referienciar cidadãos, das antenas 5G, depois de nascida no Facebook em sectores da direita dita democrática e inteligente.
Entre dezenas de lares com dezenas de mortos desde o início da crise Covid 19 a comunicação social foi pegar no de Reguengos.
Com participações na Ordem dos Médicos há anos em lista de espera, entre dezenas de lares com dezenas de mortos a Ordem resolveu fazer auditoria ao de Reguengos com resultados na rua em menos de um foguete.
Depois de toda a gente ter andado décadas a fio aos beijinhos e abraços em campanha eleitoral nos lares toda gente descobriu que existe um problema nos lares, lares incluídos.
f) Optimização do valor dos activos imobiliários do Estado. No plano de emagrecimento do Estado estará incluída a devolução, à economia privada, de todos os activos imobiliários por ele detidos quer por concessão, quer por arrendamento, quer por venda. O Estado é um péssimo gestor de activos, quaisquer que eles sejam. Esta optimização será procedida de uma classificação de cada um dos imóveis que serão distribuídos por duas classes básicas: com interesse patrimonial ou sem interesse. Estes últimos serão liminarmente vendidos. Quanto aos primeiros será a sua exploração concedida segundo critérios rigorosos a definir
Escreve António Cunha, CEO Grupo Aquapor, que o desperdício de água em Peso da Régua - entidade pública, é de 74%, ao passo que na privada de Santo Tirso se ficam pelos 10%, daí a água ser mais cara nesta última. Como as teorias económicas não funcionam no tugão como funcionam noutras latitudes e são ensinadas na escola, vide a lei da oferta e da procura em Portugal onde o preço aumenta quando a oferta diminui e torna a aumentar quando a oferta aumenta para fazer face à queda na procura, se calhar mais vale deixar a água ir por água abaixo uma vez que a mais valia de 64% da água privada vs. água pública não se reflecte no bolso dos bebe-agua mas sim no do accionista. Como diz o povo, vai mas é dar banho ao cão.
Quando és apanhado com as calças na mão e tens o gabinete pejado de assessores e adjuntos abanadores de rabo, nascidos dentro do partido, alguns dentro do próprio aparelho do Estado, cuja única experiência profissional é assessorar e adjuvar quando o partido é poder, que trabalham em cima do joelho em função das indignações no Facebook e no Twitter, os famosos "focus group", e que têm uma vaga ideia de ter lido algures e falado não sei onde que o Obama ganhou a eleição nas redes, by the way, o Trump também e o Ventas vai bem lançado, o resultado só pode ser este.
Bernard-Henri Lévy, filósofo, director de teatro, cineasta, editor, empresário de revistas e jornais, pantomineiro e com um ego igual ao daqueles bonecos insufláveis que estão à porta dos stands de beira de estrada.