In Memoriam
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Governo avança com reabertura de bares e discotecas, mas sem pista de dança e com fecho às 20h
[Instagram do Lux Frágil na imagem]
Por uma ironia do destino sabemos do arraso do Tribunal de Contas ao papel de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, na gestão dos casos Banif e BES, "supervisor a decidir resolução de supervisionados revela conflito de interesses que lesa contribuintes" e "falta de independência", poucos dias depois de Mário Centeno, ex ministro das Finanças que geriu todo o processo Novo Banco, ter sido noneado para ocupar a cadeira de governador do banco central e gerir o caso dos milhões de euros do contribuinte à disposição do fundo Lone Star. Tempo de ouvir o Benny Hill Theme.
A pergunta correcta é: "O que é que a Comporta não tem?". Ainda Não tem a floresta de betão, o império do plástico, a má restauração, o meter a mão na carteira do cliente e o reinado da Albion que tem o Algarve, apesar do tiro de partida para o saque e destruição dado pelos PIN de José Sócrates, dos resorts, hotéis e campos de golfe em área de paisagem protegida e reserva agrícola nacional, onde antes era proibido montar uma tenda para uma noite de campismo selvagem na duna a ouvir as ondas na areia.
[Na imagem a capa da Time Out Portugal]
"Preto do caralho". "Vai para a tua terra". "Volta para a senzala". "Vou violar a tua mãe". "Fui à tua mãe e àquelas pretas todas de merda". "Tenho armas do Ultramar em casa e vou-te matar"
Esta vai ser uma manifestação para cumprir o que prometemos: sempre que a esquerda sair à rua para dizer que Portugal é um país racista, nós sairemos à rua com o dobro da força para mostrar que Portugal não é racista. As ruas são da direita desde o aparecimento do Chega
André Ventura anuncia uma contramanifestação de direita contra uma manifestação contra o racismo.
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Só falo de arte contemporânea. Portanto... muito obrigada e vamos beber o drink de fim de tarde.
Graça Fonseca, ministra da Kultura
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In Kashmir, the hills are alive with the sound of schooling.
Tauseef Mustafa, AFP Photo, Instagram
Sign O' The Times, Capítulo LV
"Por cada pack comprado oferecemos um iogurte às famílias mais necessitadas", diz o comercial da Danone a passar nas televisões. Até admitimos que haja quem goste de brincar à caridadezinha, escusavam era de gozar com as famílias as pessoas.
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O "vai para a tua terra!" que terá sido proferido pelo assassino de Bruno Candé antes de ter disparado os tiros, do mesmo programa "ciganos em acampamentos de luxo e os portugueses a passarem mal" ou de um alentejano que manda um setubalense para a terra dele, eu não sou racista mas na minha cabecinha, mais inteligente que a dos pretos, não entra que um preto possa ter nascido à beira Sado ou em Moscavide, ou até ter andado a passear pelo Terreiro do Paço no primeiro quartel do séc. XVII, de espada a cintura em amena intimidade com um branco, ou querem ver que o que está de espada é um mânfio xunga de Chelas que vai assaltar alguém com o chino da época, à espadeirada?... Ou outro lá mais atrás, de chapéu emplumado e capa vermelha, que parece estar a mercar qualquer coisa enquanto dá indicações a um pajem branco, ou querem também ver que é um dealer da Quinta do Mocho a dar ordens a um pequeno traficante de rua? [assinalados por mim na imagem que ilustra o post], são deduções perfeitamente banais e passíveis de traduzidas em posts no albergue de alucinados racistas e xenófobos que dá pelo nome de Parler, ou em qualquer conversa de café que invariavelmente começa e acaba com "não querem fazer nenhum". Agora a sério, há quanto tempo andamos a fazer os pretos malandros e manhosos e a mandá-los para a terra deles?
No Parler, "Free Speach Social Network", também conhecido por Fachobook, a rede para onde a direita radical está a migrar por causa da "Censura imposta pelo FoiceBurqa" [sic] agora que o Facebook, timidamente, começa a impor restrições ao discurso do ódio e às contas falsas criadas pelos minions de Trump, Bolsonaro e pelo Ventas do Chaga, ainda que para isso tenha sido obrigado por via da quebra de receitas publicitárias imposta pela grandes marcas pressionadas pelos consumidores. Um albergue de alucinados só comparável ao hospício de Twelve Monkeys.
Sign O' The Times, Capítulo LIV