Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

DER TERRORIST

"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.

I CAN' T BREATH. THEY GON' KILL ME. PLEASE SIR

por josé simões, em 17.06.20

 

 

 

 

 

In memoriam of George Floyd and too many others. Jenny Holzer, corner of Washington Ave and Park in Brooklyn.

 

 

 

 

O Brasil actual explicado num tweet

por josé simões, em 16.06.20

 

ze carioca.jpg

 

 

Você entra no hospital com resfriado, eles dizem que vc está com suspeita de comunavírus; tomam seu celular, cortam sua comunicação com a família, entubam você, te cortam todinho, e depois te matam pra tirar seus órgãos. Em seguida, ligam pra família e comunicam: morreu de Covid!

 

O Movimento Direita Inteligente no Twitter, conta seguida pela conta oficial do presidente Jair Bolsonaro.

 

 

 

 

O Verdadeiro Artista

por josé simões, em 16.06.20

 

clown (4).jpg

 

 

"Passos Coelho chamou para o cargo [governador do Banco de Portugal] Carlos Costa, um homem com um passado profissional longo e credível e um distanciamento da política notório [...]".

Manuel Carvalho, director do Público.

 

 

 

 

O estado da Nação

por josé simões, em 16.06.20

 

shopping.jpg

 

 

 

Sign O' The Times, XXXIX

por josé simões, em 16.06.20

 

1 (64).jpg

 

 

2 (56).jpg

 

 

3 (50).jpg

 

 

4 (41).jpg

 

 

5.1.bmp

 

 

6.1.bmp

 

 

7 (33).jpg

 

 

8 (33).jpg

 

 

9 (27).jpg

 

 

10.1.bmp

 

 

11 (17).jpg

 

 

12 (15).jpg

 

 

13 (13).jpg

 

 

14 (13).jpg

 

 

15.1.bmp

 

16 (11).jpg

 

 

17.1 (1).bmp

 

 

18.1 (2).bmp

 

 

19.1 (1).bmp

 

 

20 (8).jpg

 

 

21 (5).jpg

 

 

22.1 (1).bmp

 

 

23 (4).jpg

 

 

Sign O' The Times, Capítulo XXXVIII

 

 

 

 

Mateus 19:14 *

por josé simões, em 15.06.20

 

cristina garcia rodero.jpg

 

 

Por alturas dos 80s, nos verões de Setúbal, era uso haver festivais de cinema e teatro ao ar livre nos claustros do Convento de Jesus, autêntico serviço público de divulgação cultural a preços simbólicos, da uva mijona como sói dizer-se. Nos intervalos e/ ou no final da soirée havia sempre magotes de barbas mal-amanhadas, sapatos pé de pato em camurça e o Jornal das Letras debaixo do braço, eles, de cabelos compridos sem ver pente e pinça de esticar, 'late Janes Joplin', e vestidos indianos, elas, que debatiam interpretações filosóficas e políticas das peças em cena ou das fitas projectadas, para desenjoar o estarem sempre a falar da quão maravilhosa era a MPB, música popular brasileira.

Ouvia-os, eu adolescente, e pensava "wtf?! como é que estes caralhos conseguiram ver esta merda no filme ou na peça que, se falarem com o autor/ realizador, nem o próprio viu e até fica tipo Sá de Miranda, "m' espanto às vezes, outras m' avergonha"? E lá ficavam horas a chatearem-se uns com os outros até à próxima projecção/ representação onde voltava tudo à casa de partida.

Vem isto a propósito da interpretação que leio amiúde na imprensa escrita e nas redes e  de uma dúvida sincera que me atormenta: Marco Fidalgo, autor da estátua do Vieira, padre, retratou os índios como crianças ou aquilo são mesmo crianças índias ou até se os índios quando nascem em terra brasis é já em tamanho adulto?

 

[Imagem]

 

* "Deixai vir a mim as crianças, não as impeçais, pois o Reino dos céus pertence aos que se tornam semelhantes a elas"

 

 

 

 

E ainda há palermas que juram que a Terra não é redonda

por josé simões, em 15.06.20

 

churchill-mosley (1).bmp

 

 

Um tem estátua na Parliament Square, o outro não. Um foi derrotado e escorraçado pelo povo e pela democracia, o outro ganhou uma guerra mundial e a eternidade. A estátua de um é defendida pelos discípulos do outro.

Setenta e cinco anos depois da vitória aliada sobre a Alemanha nazi na II Guerra Mundial ver a extrema-direita e os nazis a marchar nas ruas de Londres em defesa da estátua Churchill. Com as voltas que o mundo dá ainda há palermas que juram que a Terra não é redonda.

 

 

 

 

Um problema com a justiça

por josé simões, em 14.06.20

 

José Rodolfo Loaiza Ontiveros.jpg

 

 

O Ministério Público que 2020 interrogou o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, e os ministros da Saúde e do Interior, ao longo de mais de três horas sobre a gestão da crise da Covid-19, uma pandemia para a qual nenhum governo em nenhuma parte do mundo estava preparado, onde a verdade de hoje era a mentira de amanhã e onde à escala global íamos aprendendo todos com os erros uns dos outros, pertence ao mesmo sistema de justiça que em 2012 condenou sete cientistas a seis anos de prisão por não terem previsto o terremoto que em 2009 atingiu a cidade de L' Aquila, algo que a ciência não consegue prever nem adivinhar hora e local?

 

Os italianos têm um problema com a justiça.

 

[Imagem]

 

 

 

 

Fim-de-semana

por josé simões, em 14.06.20

 

The Sound of the suburbs - The Members (3).bmp

 

 

Este fim-de-semana foi assim.

 

The Sound of the suburbs ~ The Members

 

[7" vinyl]

 

 

 

 

Relatório e Contas. Resumo da Semana

por josé simões, em 13.06.20

 

god.jpg

 

 

[Imagem]

 

 

 

 

Porque hoje é sábado

por josé simões, em 13.06.20

 

Smoking and non smoking sign, NYC Carrie Boretz.jpg

 

 

Smoking and non smoking sign, NYC

 

Carrie Boretz

 

 

 

 

"Europa aos europeus" e Portugal aos imbecis

por josé simões, em 12.06.20

 

 

 

O Centro de Acolhimento para Refugiados (CAR) da Bobadela, concelho de Loures, foi vandalizado com palavras de ordem de "Europa aos europeus", "Morte aos Refugiados", "Árabes e Pretos Fora!".

 

"Árabes e Pretos fora!", assim de repente e abaixo de Coimbra, levávamos logo um rombo de 5 milhões de habitantes na população portuguesa; o "Europa aos europeus" é tão somente a falta de educação, a falta de escola, a falta de cultura e o "Portugal aos imbecis".

 

[Gráfico]

 

 

 

 

E a estátua de Fernando Pessoa ao Chiado?

por josé simões, em 12.06.20

 

D._João_II_em_iluminura_do_Livro_dos_Copos_(1490-1498).png

 

 

               "O mostrengo que está no fim do mar
               Na noite de breu ergueu-se a voar;
               À roda da nau voou três vezes,
               Voou três vezes a chiar,
               E disse: Quem é que ousou entrar
               Nas minhas cavernas que não desvendo,
               Meus tectos negros do fim do mundo?
               E o homem do leme disse, tremendo:
               El-Rei D. João Segundo!


               De quem são as velas onde me roço?
               De quem as quilhas que vejo e ouço?
               Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
               Três vezes rodou imundo e grosso,


               Quem vem poder o que só eu posso,
               Que moro onde nunca ninguém me visse
               E escorro os medos do mar sem fundo?
               E o homem do leme tremeu, e disse:
               El-Rei D. João Segundo!


               Três vezes do leme as mãos ergueu,
               Três vezes ao leme as reprendeu,
               E disse no fim de tremer três vezes:
               Aqui ao leme sou mais do que eu:
               Sou um Povo que quer o mar que é teu;
               E mais que o mostrengo, que me a alma teme
               E roda nas trevas do fim do mundo;
               Manda a vontade, que me ata ao leme,
               De El-Rei D. João Segundo!"

 

                         A partir do minuto 15:46

 

[Imagem]

 

 

 

 

O triunfo da ignorância

por josé simões, em 11.06.20

 

joacine parlamento.jpg

 

 

O pontapé de saída havia sido dado por Joacine Katar Moreira quando, no primeiro dia como deputada, papagueou qualquer coisa sobre o colonialismo e a escravatura enquanto posava à sombra do óleo de Domingos Rebelo no Salão Nobre da Assembleia da República com a representação da recepção de Vasco da Gama pelos emissários do Samorim de Calecute. Tudo a ver.

Agora, à boleia da revisão da História em curso nos Estados Unidos e em Inglaterra, um qualquer imbecil vandalizou a estátua do Padre António Vieira em Lisboa, precisamente ele, uma voz à frente no seu tempo, contra a escravatura e defensor dos índios brasileiros, perseguido pela Inquisição. É o triunfo da ignorância.

 

 

 

 

"Desconfinar o patriotismo"

por josé simões, em 11.06.20

 

salazar.jpg

 

 

A partir deste dia, 25 de Abril de 1974, quando o patriotismo foi confinado, deixou de haver o desfile dos mutilados, das viúvas e dos órfãos, das mães carregadas de luto, para receberem uma medalha no Dia da Raça no Terreiro do Paço. O Chicão, que já morreu e não sabe, cheira mal que tresanda.