O lugar da mulher é na cozinha
André Ventura, o imbecil para quem é inconcebível um homem passar a ferro as suas próprias camisas.
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André Ventura, o imbecil para quem é inconcebível um homem passar a ferro as suas próprias camisas.
Quantos jovens cabem dentro de jovens, qual a medida de jovem? Ou voltámos aos velhos do velho esta juventude não tem respeito nenhum? Mocidade, mocidade?
[Imagem de autor desconhecido]
André Ventura, que defendia a redução do número de deputados porque os que lá estão são demais e além disso, segundo ele, faltam e não fazem nada, integra a Comissão de Orçamento e Finanças que reuniu 39 vezes a que André Ventura faltou 25, integra a Comissão de Saúde que teve 21 reuniões com André Ventura a faltar a 17, e integra a Comissão de Assuntos Constitucionais que reuniu 30 vezes com 12 faltas de André Ventura. No total são 90 reuniões e 54 faltas, 60%. No tempo da Lei e Ordem do 24 de Abril, que tantas saudades inspira, André Ventura tinha chumbado o ano por faltas.
André Ventura, que sabe perfeitamente que 50% + 1 inviabilizam uma segunda volta nas presidenciais, para mobilizar o fraco eleitorado faz-se de burro com uma sondagem que lhe dá 7,2%, atrás dos 69,6% de Marcelo de Sousa, não percebendo o ridículo que é ser o único candidato publica e assumidamente declarado e estar nas intenções de voto umas décimas à frente de candidatos que oficialmente não existem.
André Ventura, depois de considerar uma "vergonha nacional" as manifestações da esquerda em tempos de Covid19, lança um apelo às hordas para não o deixarem caminhar sozinho na alegada manif anti-racista que convocou para 27 de Junho e recebe o apoio de cadastrado racista e neo-nazi Mário Machado, "Finalmente!".
André Ventura é um mentiroso profissional e um perigo para a democracia.
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Sign O' The Times, Capítulo XXXIX
O grande mérito de Passos Coelho, há que reconhece-lo, à boleia da troika, durante os anos da troika, foi desconfinar os fascistas, disfarçados de liberais, neo-liberais, Estado a mais, menos Estado, aliviar o peso do Estado na economia, as gorduras do Estado, fazer mais com menos, o mesmo receituário do Tea Party nos States e que havia de desaguar em Trump e no triunfo da imbecilidade. Ensaiado André Ventura como candidato autárquico num subúrbio urbano da capital, seguiu o seu caminho ascendente e o CDS, reduzido à sua insignificância, perdeu para o Chega os fascistas que albergava, envergonhados, malgrado o 25 de Novembro de 1975. É melhor assim, estão todos às claras, sabemos ao que vão, sabemos ao que vamos.
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Este fim-de-semana foi assim.
Hounds Of Love ~ The Futureheads
[7" vinyl]
Aris Messinis, Chief photographer for AFP in Greece, Instagram
Waiting at airport, early1980’s
Carrie Boretz
Atacam o governo espanhol, socialismo radical, por estar a esconder os números da Covid-19, para logo a seguir criticarem o governo português, socialismo, por os estar a publicar sem truques, quando antes tinham elogiado o governo espanhol por ter tido dias seguidos sem mortes enquanto em Portugal se continuava a morrer, isto depois do elogio à Áustria, por abrir fronteiras a todos excepto a Portugal, assobiando para o lado ao contributo do governo austríaco para a propagação da pandemia na Europa ao ignorar e esconder o vírus para não prejudicar o turismo na neve, ainda antes de terem dado como exemplo países com menos infecções que Portugal, não referindo que somos dos que mais testa na Europa e no mundo e que o que conta nesta altura do campeonato são o número de mortes e de internamentos em cuidados intensivos e não o número de contagiados, para logo a seguir invocarem a Grécia, um governo democrático, do partido da tradição das contas marteladas que chamou a miséria da troika, a abrir portas ao turismo, a todos excepto a Portugal, como se ninguém percebesse que nos tempos que correm, do desemprego e do coma da economia, esta não fosse uma das frentes de batalha - viagens, lazer e tempos livres.
É este o estado da danação dos bonecos de ventríloquo da direita do tugão que pululam nas redes nos tempos que correm.
[Imagem de autor desconhecido]
Quando o escultor coreano Do Ho Suh criou Public Figues em 2001 estava longe de imaginar, ou se calhar não, a actualidade da obra e o seu simbolismo em 2020 e como complementa o "desenho" de Pawel Kuczynski para assinalar a queda do comunismo e do bloco de leste. As voltas que o mundo dá.
No dia 27 de Março o então ministro Sérgio Moro assinava uma portaria a fechar as fronteiras do Brasil aos países que tinham fechado fronteira ao Brasil. Substituir Brasil por Portugal e Sérgio Moro por Augusto Santos Silva.
Governo admite retaliar contra países que proíbem entrada de portugueses
André Ventura não quer descer a Avenida da Liberdade com uma faixa onde se poderá ler "Portugal Não é Racista" coisíssima nenhuma. André Ventura quer aproveitar o actual clima de revolta e indignação global, à boleia do "Black Lives Matter" e do assassinato de George Floyd, para gerar uma contra-manifestação, criar um caso que lhe dê uma oportunidade de ouro para se vitimar e vomitar as habituais enxurradas de ódio de que se alimenta, com as televisões todas em directo em cima do acontecimento. É tão simples quanto isto. Resta saber quem é que está disposto a fazer-lhe a vontade.
O nacional-parolismo de um Presidente da República que convoca um Conselho de Ministros extraordinário para o palácio presidencial, com a presença dos representantes do pontapé-na-bola nacional, para celebrar a conquista de uma final da Champions na capital, e com a exaltação de um dos instrumentos da meritocracia nacional de uso corrente - a cunha, o presidente da Federação é vice na UEFA e o organizador da prova um tuga de gema, Marcelo dixit, o edil Medina aplaude, a companhia aérea de bandeira já está a bombar às portas de Portugal enquanto sobrevoa a paisagem.
O nacional-parolismo do primeiro-ministro que a dedica aos profissionais de saúde, "um prémio merecido" por se terem sacrificado, a vida, a família, as férias, as folgas e os tempos livres, na luta contra a pandemia em defesa da saúde pública, amanhã as pitonisas do Costa explicam a relação entre uma coisa e outra, entre o dever do distanciamento social e manadas de hooligans a consumir álcool e a cuspirem-se uns aos outros;
A nacional-irresponsabilidade da Direcção-Geral de Saúde, convertida em Direcção-Geral do Poder Político, "quantos mais visitantes, melhor será para o país", que venham muitos, os civilizados da bola, que já fechámos os bares do Jamaica e andamos em cima de festas privadas e ajuntamentos nas ruas com pessoas que não sejam da mesma família.
Do que é que nos queixamos concretamente?
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Esta imagem animada de Pawel Kuczynski para o desmoronar da União Soviética e do comunismo resume na perfeição os tempos que correm desde que os tempos correm: pessoas que derrubam estátuas e erguem estátuas e derrubam estátuas e erguem estátuas e... são, somos sempre os mesmos nos mesmos tempos em tempos diferentes nos tempos que correm.