"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Quantos lares da terceira idade há em Portugal? Quantos são os idosos residentes habituais e quantos os frequentadores eventuais, centro de dia, de lares da terceira idade? Em quantos lares da terceira idade há problemas de infecção pelo novo coronavírus e quantos idosos foram infectados? É que vai por aí grande alarido com os velhinhos infectados, como se estivéssemos perante um problema de saúde pública entre a população residente nos depósitos de velhos, alguns com mensalidades mínimas de três e quatro salários mínimos, com os directores a atirarem a culpa da infecção para cima do Estado, se calhar por não ter colocado um médico e um enfermeiro na porta de cada lar para a triagem de quem entrava, apesar de bastamente alertados para o problema pela DGS, e pela comunicação social, 24 horas por dia, 30 dias por semana em cima do assunto, e muito mais preocupados com a diminuição do volume das mensalidades pagas que com a morte dos idosos residentes.
Tinham 200 metros de altura cada e estavam há 42 anos na paisagem da cidade. Nos idos do liceu chegámos [um grupo de amigos] a planear uni-las por uma corda com cuecas, peúgas e soutiens, pendurados com molas, ao estilo estendal de roupa, acção de "guerrilha urbana" não concretizada por nunca termos conseguido contornar a segurança da central. Foram abaixo, sem glória e sem direito a multidões de despedida, com sticks de selfie e directos nas "redes sociais", por via do confinamento e afastamento social. As chaminés morrem de pé.
"[...] a Iniciativa Liberal veio defender a isenção generalizada de pagamento da TSU, IRS, IVA, IMI e taxas autárquicas, ao mesmo tempo que exige ao Governo que avance com pacotes de apoio às empresas. Fico sem perceber onde é que a IL pensa que o Estado costuma ir buscar o dinheiro."
"Não há Deus", conta-se que foi o grito de um rabino para o grupo em que seguia às portas da câmara de gás num campo de concentração alemão durante o holocausto.
Ver Marcelo, com ar de sonso e olhar vazio, a falar com três meses de antecedência das comemorações do dia de Portugal, este ano em modo Cavaco Silva no 5 de Outubro, à porta fechada, e ainda a perorar sobre o 10 de Junho de 2021, em como vai falar com o seu sucessor, caso não seja candidato, ou com ele próprio, caso seja reeleito, sem ninguém lhe ter perguntado nada e sem que alguém esteja a ponta de um chavelho minimamente preocupado com isso. Foram quatorze dias de sossego em que quase se ouvia cantar os passarinhos.