Uma boa noite também para vocês
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“Estas eleições não são para ver quem é mais passista“. Passista, de Passos Coelho. “Não coloco linhas vermelhas a alianças, nem com o Chega”. O Chega, de André Ventura, apoiado por Passos Coelho para a Câmara de Loures. “Acordo com o PS é difícil, porque este PS está muito radicalizado”. Passos Coelho, o Chega e a radicalização do PS. “Quero uma social-democracia à portuguesa“. Um pantomineiro desmonta-se a ele próprio.
[Imagem de Colin Chillag]
Não, o Governo de Passos Coelho não teve nada a ver com o estado lastimoso em que ainda se encontra o Serviço Nacional de Saúde cinco anos depois de se ter ido embora.
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É por isto que os trabalhadores portugueses são os melhores do mundo na emigração e que o Saraiva da CIP e o Ferraz da Costa se andam sempre a queixar da baixa produtividade.
Um dos problemas das empresas nacionais é "a fraquíssima qualidade da gestão"
[Imagem "Immigrés portugais, Bidonville, 1965", Gerald Bloncourt]
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Este fim-de-semana foi assim.
Fairytale Of New York ~ The Pogues
[7" vinyl]
Desviam o curso natural de um rio, Mondego, com um sistema de diques para se poder urbanizar como se não houvesse amanhã e passar da centenária cultura do arroz para a mais lucrativa e empregadora de mão-de-obra do milho, depois do pinheiro pelo eucalipto na mesma região. Com as primeiras chuvas a sério o dique colapsa e o rio faz o que sempre fez e que até era ensinado nas escolas: alagar tudo à volta com a nobre função de fertilizar os campos, mas culpa do prejuízo é de uma barragem que não foi construída, ou melhor, é de um Governo que não autorizou a construção da mesma. Qual foi a parte que a gente não percebeu?
[A imagem é de Nelson Garrido para o Publico]
Na sua prestação circense o ministro contorcionista não se lembrou de dizer que o Montijo é que é bom sítio para deslocalizar os habitantes do Mondego.
Maling Shoe, Detroit, 1970
Bill Rauhauser
"O ministro do Ambiente e da Transição Energética garantiu hoje que a base aérea do Montijo é segura para ser transformada no novo aeroporto complementar de Lisboa."
"O ministro do Ambiente e da Transição Energética sugeriu no início desta semana que algumas aldeias do Baixo Mondego podem vir a ter de ser deslocalizadas no futuro devido às cheias que atingem periodicamente aquela região."
Depois do "ministro" [entre aspas] do Ambiente ter vindo anunciar o desassoreamento do Mondego para evitar as cheias que lhe proporcionaram cinco dias depois ter vindo anunciar a recuperação dos diques no prazo de dois meses, António Costa, que tem uma paixão pela saúde, veio ele próprio anunciar o desassoreamento do Serviço Nacional de Saúde, num caso peculiar de primeiro-ministro do Estado laico a fazer "mensagens de Natal", primeiro ao eleitores e depois aos cidadãos. António Costa tem a noção de que mais tarde ou mais cedo a direita vai regressar ao poder e que estes exercícios manhosos de propaganda manhosa são o grão a grão que enche o papo dos eleitores, até à saturação que inevitavelmente há-de dar uma sapatada no PS para entregar o poder de mão-beijada a quem vai acabar por concluir o longo processo de desmantelamento do SNS em prol do negócio da saúde privado? É assim que as coisas funcionam, a entrega da guarda da capoeira à raposa, já deviam estar avisados por um governo de Passos Coelho, do empobrecimento geral na "ida ao pote", a seguir a um governo PS. E bem podem berrar pelo "pai António Arnaut" e pela "herança", metida na gaveta depois do upgrade feito a meias com António Semedo, que o pote é para rapar até ao fim.
[Na imagem Federico Fellini on the set of Satyricon, phorographed by Mary Ellen Mark, 1969]
Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira