"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
"Por regra, havia humanidade no modo como as penas eram impostas pela Inquisição. Assim, por exemplo, houve cristãos detidos – só os fiéis podiam ser julgados por este tribunal da Igreja! – a quem se permitiu que fizessem férias, ausentando-se da prisão por um período de tempo determinado, com a obrigação de, expirada a licença, regressarem ao presídio, para completarem a pena.
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Permitiu-se igualmente que os condenados pelo tribunal da Igreja fossem dispensados, por razão de doença, do internamento penitenciário.
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Também se conhecem histórias de condenados que foram dispensados do cárcere por razões familiares.
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Quer isto dizer que a Inquisição era um exemplo de humanidade e não houve excessos na aplicação da justiça eclesiástica? Claro que não: certamente que houve abusos e a própria prática da tortura, como meio processual para a confissão do arguido, que tem a sua origem no direito romano, é abominável. Os inquisidores eram, como todos os homens, pessoas capazes do bem e do mal. Houve, com certeza, juízes do tribunal do Santo Ofício que foram rectos e justos na aplicação da lei eclesiástica então vigente, como também os houve que se excederam, sendo responsáveis por abusos deploráveis, que não podem ser justificados, nem esquecidos. Mas a Inquisição não só foi melhor do que os estabelecimentos prisionais do seu tempo e posteriores – piores foram, decerto, os tormentos infligidos aos Távoras – como também era mais humana do que muitas prisões contemporâneas como, por exemplo, a de Guantánamo."
Conseguir falir uma marca cinquentenária quando o mercado se encontra em expansão acelerada à escala global e com a carteira de encomendas repleta. CLAP! CLAP! CLAP!
As crianças, que viram o seu direito à tranquilidade trucidado com ruído feito pelo inner circle de Assunção Cristas, com Francisco Rodrigues dos Santos, João Almeida e João Gonçalves Pereira à cabeça, a manipularem e truncarem o que no despacho consta.
Se "vem aí uma crise", que toda a gente diz fruto da guerra comercial Trump - China, da desaceleração da economia chinesa e alemã, dos erros das políticas austeritárias seguidas pela União Europeia, "é melhor despachar já o Governo do PS" porque o que eles sabem é pôr o país numa crise com origem no estrangeiro.
Os eleitores, que não são estúpidos, "não perceberam as prioridades do "CDS" e resolveram castigar o partido nas urnas, logo há que arranjar outro léxico, que coloque os eleitores no papel de estúpidos que lhes compete, para que o CDS deixe de ter um problema de comunicação.
"Consegue dizer-me se esta frase que eu lhe vou dizer é de André Ventura ou de Nuno Melo? "Não queremos fechar a porta a quem procura a Europa como ponto de acolhimento, não podemos é deixar que cheguem e entrem de qualquer maneira". Consegue dizer-me de quem é a frase? Ó Rita, eu não tenho nenhuma dificuldade em identificar aí uma frase do Nuno Melo"
Assunção Cristas a atribuir a Nuno Melo uma frase de André Ventura na entrevista à Rádio Observador, a partir do minuto 40:14.
O Parlamento da "mais velha democracia do mundo" nomeia primeiro-ministro alguém que não foi a votos e cuja primeira medida tomada consiste em recorrer a uma figura constitucional para suspender o Parlamento que o nomeou por forma a decidir na paz dos anjos sem prestar contas ao povo representado no Parlamento por quem o nomeou primeiro-ministro. Como dizem os bifes, "this is quite simple".
Todos os dias da semana a todas as horas em todas as televisões, o espaço de opinião totalmente ocupado. Fátima, Futebol e Fado. Quem é que leva a sério alguém que consegue passar um serão inteiro a discutir, as vezes no insulto, se o penálti foi penálti ou se o fora-de-jogo foi tirado por um pentelhésimo de segundo?
[A direita trauliteira e troglodita, mas com "sentido de Estado", na primeira página do i online]