In Memoriam
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Este fim-de-semana foi assim.
Mighty Real ~ Jimmy Somerville
[7" vinyl]
"Os chefes partidários privilegiam a fidelidade em vez do mérito". E depois há os fidélis que se revelam no mérito por mérito e isso trás um problema acrescido à nova liderança com novos fiéis em carteira. São como os melões, nunca se sabe até abrir. Aconteceu a Marques Mendes, aconteceu com Marques Mendes, acontece com a herança de Passos Coelho a Rui Rio e acontece desde sempre com os nomeados, sem saberem ler nem escreve,r para cargos políticos e de administração pública e que depois de terminada a sinecura ficam com currículo e com vantagem em relação à concorrência. A partir daqui vamos entrar num campo de discussão que não interessa a nenhum partido nem a nenhuma liderança do chamado "arco da governação" e ia estragar o espaço de comentário de um pantomineiro encartado como Marques Mendes, no início dos tempos privilegiado pela fidelidade ao chefe.
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Obsession, 1964
Fan Ho
Nos 80s, com o PCP acabadinho de inventar o Os Verdes para cavalgar a onda "Atomkraft? Nein Danke" e "No Nukes" que começava a ganhar forma como movimento político alternativo na Alemanha e que nos chegava no Verão em forma de carrinhas "pão de forma" ao litoral alentejano, Costa Vicentina e barlavento algarvio, as câmaras municipais CDU plantavam cartazes na borda da estrada nos limites do concelho com "Concelho de tal, livre de armas nucleares", como se isso valesse alguma coisa num país ainda na era das centrais a carvão, o exército equipado com obus OTO Melara dos anos 50, e com uma autoestrada para o sul a terminar em Setúbal. Trinta anos depois o Bloco de Esquerda pede ao Governo que declare "estado de urgência climática" e a cidade de Nova Iorque "declares a climate emergency", a primeira cidade com mais de um milhão de habitantes a fazê-lo nos States. E isto vale o quê? Zero, nada. Circo de que as pessoas estão fartas. Acção e medidas concretas é o que se pede.
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Empresários de Bragança, um dos distritos que mais mão-de-obra especializada dá à emigração, queixam-se ao ministro da falta de mão de obra especializada e o ministro a ser ministro limita-se a ouvir sem fazer nenhuma pergunta retórica.
Deputada ao Parlamento num país que está 11 pontos abaixo de Portugal no Índice de Percepção da Corrupção pergunta a Marcelo Rebelo de Sousa "¿Qué hará para que el Gobierno socialista se tome en serio la lucha contra la corrupción?"
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Paulo Macedo, que é principescamente pago pelo contribuinte para fazer bem feito o trabalho para o qual é pago, vai receber um prémio de gestão por ter aplicado taxas e taxinhas a pensionistas, reformados, e funcionários públicos em todas as operações bancárias existentes na Caixa Geral de Depósitos e em todas as que no futuro vierem a ser inventadas, e por ter metido os depositantes a pagar ao banco para usar as suas economias, mal habituados que estavam a receber juros por emprestarem dinheiro à Caixa, vulgo depósitos. Muito bem.
E não, não há qualquer erro no título do post.
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"Portugal é o país que menos cumpre as recomendações do Conselho da Europa contra a corrupção. Um relatório agora publicado garante que no final de 2018 faltavam cumprir 73% dessas recomendações."
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Rio Bravo, Onde começa o Inferno, o nome que recebeu no Brasil
[Ainda alguém se lembra do dia de ontem?]
De cada vez que uma qualquer Bloomberg se lembra de aparecer com um "The Unlikely Rise of the Pastel de Nata, and Why It’s Suddenly Everywhere" saem logo a terreiro os aios e os escudeiros da direita radical de plantão às "redes sociais" em defesa do Álvaro com um "estão a ver? gozaram com o homem eppur si muove" sem se darem ao trabalho de explicar aos povo ignaro o que é que Portugal ganha, quanto é que Portugal ganha, qual é o impacto na economia, o crescimento das padarias e pastelarias, pequenas, médias e micro empresas, por haver produção de pastel de nata desde a China à Rússia, passando pela Indonésia e pelas ilhas Fidji e Santa Cona do Assobio, e que o pastel de nata da Bloomberg, do Economist ou do Charlie Hebdo é tão português como italiana é a pizza do Lidl para aquecer no forno em 6 minutos, a pizza, esse produto originário de Little Italy em Mulberry Street, Nova Iorque.
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Diz que os setubalenses têm a secreta esperança de que um dia alguém lhes explique os prédios que o senhor Fernando Coutinho "construiu" em Setúbal, cagalhões arquitectónicos perfeitamente enquadrados e integrados no espaço envolvente, respeitando a memória histórica da cidade e resistindo a toda e qualquer requalificação, mais polis menos polis.
As imagens são do Google Maps.