"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Tempo para recuperar declarações dos nossos grandes democratas "A Venezuela! A Venezuela" que com a sua abstenção contribuíam para a vitória no Brasil de um saudoso do fascismo, da repressão e da tortura: Assunção Cristas. "Entre Bolsonaro e Haddad, escolhia não votar".
A César-espertice de Carlos César, uma variante da popular Chico-espertice, que arranjou emprego a metade da família, a invocar cargos de eleição como atenuante para a monarquia norte-coreana em que se transformou o PS. Alguém faça um desenho para explicar a Carlos 'Chico-esperto' César que as manas Mortágua foram eleitas, assim como o pai e a irmã de Marques Mendes, não são a mulher, a nora e o irmão de César, nomeados politicamente. E ficamos só pelos Açores, que a piada do PS mandar Carlos César a terreiro em defesa da honra está mesmo aí
Se o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e os Chefes de Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas são nomeados pelo Presidente da República, por indicação do Governo, saído do Parlamento em eleições livres e democráticas;
Se dez dos treze juízes do Tribunal Constitucional são eleitos pela maioria qualificada de dois terços dos deputados à Assembleia da República, eleitos em eleições livres e democráticas;
Se o Presidente do Tribunal de Contas é nomeado pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, saído do Parlamento em eleições livres e democráticas;
Se tudo isto é sinónimo de maturidade, da qualidade da democracia, da transparência e isenção da vida política, porque é que a nomeação do presidente da RTP pelo Parlamento, eleito em eleições livres e democráticas, é sinónimo de obediência a agenda política e partidarização da televisão pública?
No Twitter, o partido do Twitter, do menos Estado e mais iniciativa privada, sem explicar às pessoas, nem com um desenho, porque é que nenhuma empresa privada se propõe assegurar o serviço de transportes públicos entre Mortágua, vila com 1 153 habitantes, e Viseu, cidade com 68 000 habitantes.
Mas a questão do partido do Twitter, no Twitter, do mais iniciativa privada e menos Estado, é mais manhosa do que a banda-desenhada a que recorre para acções de demagogia pode fazer parecer. A questão são as palavrinhas mágicas "centralismo". O centralismo que põe Setúbal, 100 000 habitantes, e Lisboa, capital, 506 892 habitantes, a terem os seus transportes públicos e a sua mobilidade subsidiada pelos habitantes de Mortágua, os mesmos 1 153 que ainda conseguem financiar a saúde, a educação, a justiça, os serviços do Estado, escolas, finanças, posto de saúde, na sua vila...
A desonestidade intelectual do partido do Twitter, no Twitter, é uma coisa assaz reveladora.
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, frantic [em inglês soa melhor] numa das suas omnipresenças, à saída do edifício da Reitoria da Universidade do Porto para os jornalistas, que lhe apetece partir já para Moçambique mas que não o pode fazer sem ser convidado pelo homólogo moçambicano. O Presidente está doente e ninguém tem coragem de lhe dizer.
Não lhes ocorre que um bom começo seria eles próprios começarem por respeitar o outro, o semelhante, por respeitar as diferenças, a começar pelas religiosas, por respeitar a mulher, por respeitar os direitos humanos.