Pedimos desculpa por esta interrupção, o programa segue dentro de momentos
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[Daqui]
[Na imagem o grafitti político mais antigo da cidade de Setúbal, pintado logo na noite de 25 de Abril de 1974, na parede da fábrica de conservas 1.º de Março na Rua Camilo Castelo Branco].
Ainda sou do tempo das retretes turcas nas fábricas, também conhecidas por cagadeiras de rés-do-chão, por oposição às outras, de "primeiro andar", nos escritórios e departamentos, porque um operário foi feito para ter força nas pernas. Agora o obrar sentado democratizou-se e até já há desinfectante para as mãos e papel higiénico, com grande prejuízo para as leituras de jornais com uns dias de atraso e para a higiene das partes baixas de cada um, à vez sentados onde se sentam os filhos de cada mãe.
Ontem vimos todos nas televisões uma aprendiza de rainha, de bebé ao colo na porta do hospital pelo próprio pé, sorridente e sem apoios, poucas horas depois de ter dado à luz o terceiro filho [parir é honra plebeia], por oposição à ralé, de baixa médica por dores nas virilhas e depressões várias, que o Serviço Nacional de Saúde é bom, apesar de todas as maldades sofridas, muito melhor que o endeusado NHS, e os descontos dos contribuintes são generosos.
E se isto não é o the end of the fucking world as we know it não sei não...
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E, pelas televisões todas, ficamos todos a saber que agora, depois do "carimbo" do ministro, o Tribunal de Contas tem luz verde para agir. Foram 20 meses, podia ter sido uma legislatura quando a "coisa" devia ter durado 20 dias. E isto é, no mínimo, estranho, já que devia ser o Tribunal de Contas a carimbar a decisão do ministro, à semelhança do que acontece com os veredictos do Tribunal Constitucional. E aqui é que mora o verdadeiro "bloco central de interesses", a reforma do sistema que nem o PS nem o PSD estão interessados em fazer, tirar o Tribunal de Contas do papel de figura de estilo, um grilo-falante do sistema.
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Um sítio onde apatece ler livros só pelo que vem na capa: The Casual Optimist.
Este fim-de-semana foi assim.
My Girl ~ Madness
(7" vinyl)
[Daqui]
Firenze 1993
Gianni Berengo Gardin
Quando o homem que, enquanto deputado, votou contra a criação do Serviço Nacional de Saúde vem anos depois, na pele de Presidente, mostrar preocupação com "a distância entre sistemas de saúde e expectativas da sociedade" e "se é verdade que toda a acção política corre atrás do tempo", para onde é que corre Marcelo, onde é que quer exactamente Marcelo chegar com esta pública preocupação, logo no dia a seguir à preocupação pública de um ministro com a "economia social"?
[Imagem de autor desconhecido]
"As casas que estejam abandonadas ou injustificadamente devolutas, sobretudo em zonas de maior défice habitacional, poderão vir a ser requisitadas pelo Estado, regiões autónomas e autarquias por forma a serem reconvertidas e passarem a integrar o património habitacional público."
A Europa, do Estado social, deve subsidiar, via fundos europeus, aqueles que duplicam as funções do Estado no sector social, o Estado paralelo, ou que parasitam o Estado, em stanby à espera das directivas do Partido Popular Europeu, o "coração das trevas", reflectidas nas políticas implementadas pelos partidos membros nos respectivos governos, com vista a desmantelar o Estado social em favor dos interesses da "economia social".
"Espero que a Economia social veja reconhecido o seu papel e espero que um dia, não muito longínquo, a própria União Europeia venha a ter um programa próprio de apoio à Economia Social, ainda que ela seja entendida de forma distinta nos vários países"
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Depois da aula prática sobre a lei da oferta e da procura a Câmara de Lisboa devia agora adoptar o sistema de sorteio onde, por coincidência, ou por sorte, como quiserem, duas casas saem a dois membros da mesma família ou aqueles que toda a gente já está à espera que saia.
Câmara anula leilão de rendas em que um T1 chegou a 760 euros
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"Os políticos têm de ser bem pagos, blah blah blah, senão qualquer dia isto é só medíocres. blah blah blah, andamos a afastar os melhores com esta conversa de populista, blahblah blah", e qualquer dia ainda querem que o líder parlamentar do PS ande de Clio. Já para os outros, os que elegem deputados e pagam os políticos, é a economia, a produtividade, o crescimento económico, a inflação, a meta do défice, a sustentabilidade da segurança social e o diabo a quatro e quem não quiser pode emigrar.
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