"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
A notícia de que o julgamento, em 2018, de um caso ocorrido no ano de 2013 foi adiado porque em 5 - cinco - 5 anos o tribunal não conseguiu descobrir o paradeiro de três dos ofendidos, devia ser dada naquela língua, o justicês, que aqueles senhores e aquelas senhoras, todos vestidos de preto e enfeitados como as árvores de Natal, usam na "Abertura do Ano Judicial" para falarem uns com os outros com transmissão televisiva.
O FMI não defende que os patrões e accionistas abdiquem de uma pequena parte das mais-valias, da distribuição de lucros e dividendos, não.
O FMI não defende um aumento das contribuições das empresas para a segurança social/ fundos sociais por forma a que os Estados melhor combatam as desigualdades sociais e a manter os níveis de estabilidade de quem está na reforma e de quem se encontra no desemprego, não.
O FMI tira da cartola o argumento da direita radical dos velhos reformados com a vida regalada por oposição aos novos miseráveis e desempregados e, para que não o acusem de apelar ao conflito geracional, defende a redução das contribuições sociais para os salários mais baixos, assim, só.
O FMI não defende que os patrões e accionistas abdiquem de uma pequena parte das mais-valias, da distribuição de lucros e dividendos, e as canalizem para as seguranças sociais/ fundos sociais, não.
O FMI defende mais uma etapa na descapitalização das seguranças sociais e dos fundos sociais dos Estados para depois o FMI vir defender que as pessoas não podem estar à espera do Estado na velhice, que o dinheiro não chega, que o melhor é os mais novos, os miseráveis que não vão ter uma reforma regalada como os mais velhos, com o dinheiro que poupam pela redução das contribuições sociais que invistam em seguros privados e em planos poupança reforma.
"O secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, admitiu hoje à Lusa estar a estudar com as operadoras de telecomunicações o uso de aplicações que diminuam ou inibam o sinal emitido pelas redes móveis junto das estradas."
Os portugueses que ao sábado deixam os filhos com os avós, com os irmãos, ou ao Deus-dará por não terem possibilidades económicas para pagarem uma creche ou uma ama;
Os portugueses que trabalham os sábados ao preço do dia útil pagam, por via do dinheiro dos seus impostos, a creche dos portugueses que ganham o sábado a triplicar;
Os portugueses mais bem pagos de Portugal têm os outros portugueses a pagar-lhes, por via do dinheiro dos seus impostos, a creche dos seus filhos filhos;
Os portugueses que contribuem com o esforço do seu trabalho para 1% do PIB têm a creche dos seus filhos paga com o dinheiro dos impostos dos outros, dos que contribuem para 99%.
Os mui famosos portugueses de primeira e portugueses de segunda.