"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
O telejornal do Mário Crespo na televisão do militante n.º 1 convida a jornalista Maria João Gago do Jornal de Negócios "para nos ajudar a perceber" os contornos da contratação de Mário Domingues para a Caixa Geral de Depósitos e para nos avisar que "os banqueiros privados são o alvo principal do PCP e do Bloco de Esquerda". No país de João Rendeiro, Oliveira e Costa, Jardim Gonçalves e Ricardo Salgado, assim só os mais sonantes, banqueiros com os portugueses como alvo principal. "Obrigado pela tua análise", rematou a menina que ficou no lugar da Ana Lourenço.
Relvas era "licenciado" e chamou a despropósito para a conversa os filhos Sócrates que teve uma história mal contada com uma licenciatura. O PS teve como cabeça de lista a um cargo de que não reza a história "um doutor de Coimbra, meu Deus!". Telefonam para os fóruns de opinião nas televisões e nas rádios e entram a tratar o jornalista-moderador por doutor[a] que trata o convidado por doutor. A doutora Fátima do Prós e Contras trata os convidados por doutor que tratam a doutora Fátima por doutora que passa a palavra a doutores na assistência que tratam por doutor os convidados da doutora Fátima. Crónica do Vasco Valente Correia Guedes que não tenha pelo menos 10 vezes "doutor" ou "engenheiro" não é crónica e quando quer insultar trata o João Galamba por senhor, sem doutor. O "doutor" que podemos encontrar a eito nas crónicas do doutor Gonçalves, ex-arrastadeira do "doutor" Relvas. Até no futebol o mister às vezes é "professor" ou "engenheiro".
Um dia tratei por tu uma vizinha, cabeleireira, que vi crescer de alpercatas e com o ranho pelo nariz, e levei com "de onde é que você me conhece para me tratar assim?". Doutora cabeleireira, talvez.
Com dizia o outro, se os doutores são portugueses então eu quero ser espanhol, onde toda a gente é tratada por tu, Mariano Rajoy incluído, o senhor Rajoy em Portugal, mais a senhora Merkel, o senhor Hollande e o doutor Costa. Obama é só Obama, ou Barack, já que ninguém lhe conhece o título.
Nos idos de Vítor Gaspar ministro das Finanças um dos argumento invocados pela direita radical para o "enorme aumento de impostos", e que consegui mesmo trazer a esquerda ao debate - e aqui há que lhes tirar o chapéu por conseguirem sempre desviar a discussão para onde muito bem lhe interessa, era o de que se queremos ter um Estado social com as valências e a qualidade a que nos habituámos, ser necessária uma base de sustentabilidade financeira, como se o "enorme aumentos de impostos" fosse com esse fim e enquanto se cortava na educação, na saúde, na justiça, e se desmantelava o tal do Estado social em benefício de interesses privados e da indústria da engorda às custas da miséria alheia, administrada pelas IPSS com ligações à Igreja Católica debaixo do pomposo nome de "Economia Social", tudo subsidiado pelo contribuinte por via das transferências do Orçamento do Estado. Agora que na realidade, além de repor direitos, garantias e poder de compra é necessário dotar o Estado de meios financeiros para garantir a tal da sua função social, reconstruir todo o edifico escaqueirado por quase 5 anos de Governo PSD/ CDS, com o dinheiro que não há para nada porque foi necessário resgatar os bancos da "excelência da gestão privada" e a converter dívida privada em dívida pública, o aumento dos impostos, ainda que indirectos, não só é "O" aumento dos impostos, como um aumento de impostos, um "ataque à classe média", feito pela esquerda, socialismo, União Soviética e o Diabo, sem mais. É o debate à vontade do freguês.
Vai grande rebuliço no tuita e no feice coise e no velhinho ai faive, agora tá gade, a dark web dos fugidos ao controlo parental, entre os discípulos e apaniguados e apóstolos e camaradas do Moreira de Sá de Passos Coelho, dos perfis falsos nas redes sociais e da proliferação de blogues, anónimos ou nem por isso, das chamadas telefónicas para o tudo o que era fórum nas rádios e televisões, das suspeições levantadas e falsos testemunhos e da boataria generalizada e da merda nas ventoinhas, quanta mais melhor, por o Prémio Pulitzer, pela descoberta do Estripador de Lisboa depois da Grande Entrevista ao Capitão Roby, ter desvendado o maior mistério da blogocoisa portuguesa desde os idos em que a blogocoisa era a blogocoisa e toda a gente ir todos os dias ler o Abrupto do Pacheco Pereira e por ter finalmente descoberto a careca ao Miguel Abrantes, que afinal não é o Miguel Abrantes, nem sequer o Sócras himself a escrever sob pseudónimo, mas um tal António Peixoto, pago pelo Sócras, por interposta pessoa um tal de Rui Mão de Ferro, quiçá com dinheiros do contribuinte e sem passar recibo nem descontar para a Segurança Social, e que não é maneta mas que administra, a meias com Carlos Santos Silva, com a tal da mão, tudo o que seja malabarice do Sócras.
O problema, se é que alguma vez existiu um problema, não é o anonimato do Abrantes, que afinal não é Miguel mas Peixoto, António, descobriu a Cabrita, Felícia, nem sequer se o dinheiro veio do contribuinte ou do Carlos Santos Silva, por via das trafulhices feitas pelo Sócras, como já ficou provado nas páginas do Correio da Manha [sem til] e transitou em julgado nas redes sociais depois de condenado pelo tribunal da opinião pública, nem sequer se o Abrantes Peixoto passou recibos, nem tampouco se o Miguel António descontou para a Segurança Social, que se calhar nem sabia da obrigatoriedade de o fazer e que como ele há muitos e que tal nem sequer é impeditivo de aspirar a ser um dia primeiro-ministro de Portugal, não.
O problema é que tudo o que foi escrito e está escrito no Câmara Corporativa, que ao contrário dos blogues do Moreira de Sá de Passos Coelho não correu a apagar posts, cache incluída, são verdades, bem fundamentadas e detalhadas, com cruzamento de dados, coisa que as televisões os jornais e as rádios do pensamento único dominante deixaram de fazer, tudo sem recorrer ao insulto, à calúnia e à difamação, e essa é que é essa.
A DBRS não baixou o rating do país e isso “são boas notícias para o Governo”, a menina do telejornal do Mário Crespo na televisão do militante n.º 1 – SIC Notícias, porque se isto tudo der para o torto quem arca com as culpas e as consequências é o Governo, coisa que nos idos do Governo da direita radical eram “boas notícias para o país” e, com um bocado de jeito, para toda a zona Euro.
A menina do telejornal do Mário Crespo na televisão do militante n.º 1 – SIC Notícias antes de introduzir a "análise" do Zé Programa de Governo. Que isto da DBRS não baixar o rating do Governo da Geringonça, quando antes podia baixar o rating de Portugal, é tudo concertado com os mercados, porque os os investidores precisam de dívida pública rentável, já que a alemã dá juro negativo, e porque há buéeeee fundos de pensões espalhados por esse mundo fora que vivem dos juros de países lorpas como Portugal.
Se isto não é a filha da putice em directo e em horário nobre...
Andámos durante os quase 5 anos de Governo da direita radical a gramar com os administradores PSD e CDS nomeados para tudo o que fosse empresa pública, Águas de Portugal por exemplo, sem que nunca ninguém tivesse compreendido quais os critérios subjacentes às nomeações, que não os do mestrado e doutoramento na Universidade do Cartão do Partido, para agora "o cartão de militante do PS [voltar] a ser um trunfo profissional". "A nossa universidade é melhor, mais séria e competente do que a vossa", deve ser o lema. As "propinas" são pagas pelo suspeito do costume, o contribuinte.
Como se ordenados altos fossem sinónimo de profissionalismo, como se ordenados altos fossem sinónimo de responsabilidade, como se ordenados altos fossem sinónimo de racionalidade e independência nas decisões, como se não fosse precisamente o contrário, depois das provas dadas o mérito reconhecido pelo promoção salarial.
Ver a esquerda, que quer marcar a diferença em relação à direita, a argumentar pelos mesmos padrões da direita que pariu administradores de excelência, e bem remunerados, como Jardim Gonçalves, Zeinal Bava, Oliveira e Costa, Henrique Granadeiro, Ricardo Salgado, como se o cerne da questão não fosse a fiscalização e a supervisão que não há, a justiça que não funciona, nem sequer é célere para os infractores e prevaricadores, a impunidade que reina.
Quando no passado dia 23 de Setembro, no debate quinzenal no Parlamento, António, o Costa, sacou do "de cada qual, segundo sua capacidade; a cada qual, segundo suas necessidades" não se estava a referir a António, o Domingues, pago principescamente para despedir trabalhadores rescindir amigavelmente contratos de trabalho, a fórmula mágica da gestão na reestruturação de empresas, uma espécie de Horta-Osório dos pequeninos, comparativamente com o verdadeiro António, o Horta-Osório, pago pelo contribuinte britânico ao peso de Cristiano Ronaldo para despedir milhares, ou estava?