"Podem ainda não estar a ver as coisas à superficie, mas por baixo já está tudo a arder" - Y. B. Mangunwijaya, escritor indonésio, 16 de Julho de 1998.
Já alguém veio argumentar com o "isto não tem nada a ver com religião"?
“Pelo menos 62 pessoas morreram este domingo vítimas de um atentado suicida num parque público na cidade de Lahore, no Paquistão [...], entre as vítimas mortais e os feridos - cerca de 300 [...] estão sobretudo mulheres e crianças."
"Germany’s food minister is concerned about pork being removed from public menus because of cultural sensitivities, saying accommodating religions requiring halal or kosher should not mean depriving Germans of their favorite traditional dishes."
"Pienso que finalmente los tiempos están cambiando" blah-blah-blah disse Mick Jagger num "claro español" em La Habana, com os bolsos recheados de milhões de libras do triunfo do capitalismo e do livre empreendedorismo de "las actitudes elvispreslianas" sobre o comunismo e o colectivismo e las canciones revolucionarias latinoamericanas, Hasta Siempre [Comandante] blah-blah-blah que lhe permitem aos 100 anos dar concertos à borla para a História e para ser o primeiro antes de morrer e antes de vermos os Pink Floyd na Festa do Avante! [piada com tantos anos quantos a festa tem].
Mas será que os tempos estão mesmo a mudar ou será que os tempos foram só aperfeiçoados e, nalguns casos, mudados de paralelo e de hemisfério? "Es sólo Rock 'n' Roll, [Pero me gusta]"
«Quand je parle, je pleure. Quand je vois mes photos, je pleure. Je n’ai plus de larmes à force de pleurer. Elles ont toutes séché. Là, vous me voyez en train de rire parce que je vais un peu mieux. Mais je ne peux pas rentrer chez moi, à cause de la radioactivité».
O Palácio de Belém não é propriamente um reality show; O Presidente da República não é a personagem principal de uma ópera rock; o Presidente da República não governa; a Constituição da República Portuguesa não prevê a participação de convidados no Conselho de Estado - órgão consultivo de aconselhamento do Presidente no exercício das suas funções que não são a governação do país nem a regulação financeira da zona euro. Por muito jeito que dê a António Costa e à Geringonça ter um Presidente da República a dar rabecadas, em directo e a cores, ao primeiro-ministro no exílio, há que dar razão a Pedro Passos Coelho nas condições que fez constar na moção apresentada ao congresso para o apoio do PSD a um candidato presidencial. Cata-vento errático, protagonista, em busca da popularidade fácil. Frantic Marcelo. Mais cedo ou mais tarde vai sobrar para o lado esquerdo.
Os dias do grotesco que é um primeiro-ministro no exílio, de pin na lapela, em inaugurações a convite de Câmaras da cor, de voz grave e olhar vazio em tournée de palestras tem os dias contados. Sentença lida: